Vereadores de Blumenau dispensam carro e pedem passe livre em ônibus - Jornal Cruzeiro do Vale

Vereadores de Blumenau dispensam carro e pedem passe livre em ônibus

13/01/2017
Vereadores de Blumenau dispensam carro e pedem passe livre em ônibus

Em tempos em que a palavra chave é ‘corte de gastos’, três vereadores de Blumenau tomaram uma atitude que vem rendendo muitos comentários positivos. Bruno Cunha (PSB), Ricardo Alba (PP) e Gilson de Souza (PSD) se comprometeram a utilizar um terço da verba de gabinete mensal, que é R$3 mil, e dispensaram o telefone celular funcional e o carro da Câmara. Mostrando que é possível reduzir os custos do Legislativo sem afetar a qualidade do trabalho, eles protocolaram, ainda um pedido para que possam receber passe livre nos ônibus dentro da cidade.

O vereador Bruno Cunha afirma que essa é uma ótima oportunidade para conferir de perto os problemas enfrentados pelos usuários do transporte coletivo. “Cada carro alugado pela Câmara de Vereadores custa R$1,3 mil por mês. Com todos os outros custos, esse valor deve chegar em R$3 mil cada um. Nós entendemos que cada vereador pode usar o próprio carro e o transporte coletivo”, argumenta.

Os vereadores também somaram o valor dos demais benefícios que vão abrir mão. Com celulares, são gastos cerca de R$700,00 por mês. Com verbas de gabinete, cada um vai dispensar R$2 mil. Somando todos os valores, a economia chega em quase R$6 mil por vereador. “Queremos mostrar que existe diferença entre ter estrutura e privilégios. A estrutura é aceitável. Blumenau é uma cidade grande e o vereador precisa de assessoria. Mas, a verba de gabinete é muito elevada”.

A decisão de não utilizar todo o valor destinado mensalmente às verbas de gabinete surgiu em campanha eleitoral, em outubro de 2016. Quando pediram o voto de confiança aos eleitores, os então candidatos assinaram documentos em que prometem ações de moralidade e de corte de gastos no poder público.

 
Edição 1783

Comentários

Raphael Pires Filho
14/01/2017 13:02
Parabéns! Excelente exemplo! E se pensarem bem, dá pra ficar só com o salário, que é o que acontece com todos os trabalhadores decentes, que não legislam em causa própria.

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