Três PMs de SC são expulsos da corporação por caso de tortura - Jornal Cruzeiro do Vale

Três policiais militares de Santa Catarina foram expulsos da corporação depois de condenados pelo Tribunal de Justiça do estado por tortura e abuso de autoridade em 2012. Um deles é o sargento Vanderlei Bento da Costa, envolvido na confusão em que o advogado Roberto Caldart morreu, em 24 de maio.

Os outros dois PMS expulsos são o cabo Etson Fernandes da Silva e o soldado Reginaldo Domingos da Rosa. De acordo com o TJ, Bento da Costa terá que cumprir uma pena de três anos e quatro meses em regime semiaberto pelo crime. A pena dos outros dois não foi informada pelo TJSC.

Crimes

Segundo os autos, os policiais revistaram ilegalmente a casa de um homem no bairro Junqueira em Palhoça a procura de drogas e armas. Como não encontraram, o algemaram e agrediram com chutes e socos. Depois, usaram uma sacola plástica para asfixiá-lo a fim de obter uma confissão.

Ainda conforme os autos do processo, na sequência, os PMs levaram o morador para um terreno baldio atrás da casa dele onde continuaram com as mesmas agressões somadas ao uso de spray de pimenta no rosto do rapaz. Eles também atearam fogo em uma das mãos do homem, o que causou queimaduras de segundo grau, conforme o TJ.

A condenação em regime semiaberto foi concedida pelo fato de a sentença ter sido inferior a quatro anos.

Morte de advogado

Vanderlei Bento da Costa e outros quatro policias militares foram presos por envolvimento na confusão em que o advogado Roberto Caldart acabou morto em 24 maio. O TJ concedeu habeas corpus para eles em 21 julho.

Além dos policiais, um empresário e um investigador particular também chegaram a ficar presos pelo crime durante quase dois meses. O caso teve repercussão nacional, depois que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu uma posição do governo e denunciou policiais de folga de formarem milícias ao fazerem trabalhos extras.

Fonte G1 Santa Catarina