Nesta terça-feira (6), a Defesa Civil de Santa Catarina divulgou que 800 pessoas ficaram desalojadas em Florianópolis após os ventos de 118 km/h que atingiram a cidade na madrugada de domingo (4). Nesta manhã, 14 mil unidades consumidoras continuavam sem energia elétrica, sobretudo no Sul da Ilha. Segundo os bombeiros, a remoção de árvores sobre a fiação elétrica e as residências pode levar 15 dias, com uma força-tarefa de mais de 100 homens, como mostrou o Bom Dia Santa Catarina.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a previsão inicial era de que o trabalho fosse concluído em 10 dias, mas, como só no Sul da Ilha, mais de 100 árvores caíram, a remoção deve levar mais tempo. “Estimamos que em até 15 dias o trabalho de retirada das árvores deve ser concluído para permitir o trabalho da Celesc. Pedimos que as pessoas não tentem resolver o problema sozinhas, por questões de segurança. Nos próximos dias, vamos receber reforço de homens de outras cidades”, disse o tenente-coronel Helton de Souza Zeferino.
Com os danos causados pelo vendaval, a prefeitura decretou situação de emergência ainda no domingo. Conforme a Defesa Civil, com o decreto, o município tem a dispensa de licitação para contratar serviços e pode encaminhar documentos para obter recursos em outras instâncias de governo para reconstruir a cidade.
“Inicialmente, foi divulgado que eram 40 desalojados, devido ao lapso temporal do levantamento de afetados e ao fato de que são vários órgãos envolvidos no trabalho. Há uma demora na computação dos dados, já que prefeitura, Defesa Civil do estado, Casan e outros atuam no atendimento à população. Nesta terça-feira, não temos como mensurar os desalojados, já que temos um controle de quem sai das casas, mas não dos que retornam”, explicou Luiz Eduardo Machado, técnico da Defesa Civil.
Segundo as Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), o restabelecimento da energia elétrica deve ser normalizado até a quarta-feira (7). "A maior demora deve ser nos bairros Ribeirão da Ilha e Campeche, no Sul da Ilha, que foram as áreas mais atingidas", disse Adriano Luz, técnico da Celesc.
Nas regiões Norte e Leste, os maiores problemas são com o fornecimento de água, já que os sistema de bombeamento de água ficou comprometido com a falta de luz. Os bairros Santinho e Lagoa da Conceição são os mais afetados pelo problema.
Na segunda, a Secretaria de Educação informou que 34 escolas foram atingidas pelo vendaval. “Muitas estão sem luz e água, por isso, orientamos as famílias para que antes de levar as crianças à escola, entrem em contato para saber do funcionamento”, disse Luiz Eduardo.
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