Sábado, 07 de Junho de 2025
“Não possui qualquer transtorno psiquiátrico, doença mental, perturbação da saúde mental ou desenvolvimento incompleto ou retardado. Tampouco apresentou alguma dessas condições antes, à época ou após as práticas delituosas em apuração”. Essa é a conclusão da perícia judicial que atestou a sanidade mental de Rozalba Maria Grime, responsável pelo assassinato da gráfica Flávia Godinho Mafra, em Canelinha. O laudo foi juntado ao processo na segunda-feira, dia 30 de novembro, e, com isso, a ação penal que estava suspensa pode seguir o curso normal.
O próximo passo da justiça é citar os réus para que respondam a denúncia apresentada pelo Ministério Público.
Em agosto deste ano, Flávia Godinho Mafra foi brutalmente assassinada pela suposta amiga, Rozalba Maria Grime. O crime chocou Canelinha e toda a região.
Tudo aconteceu no dia 27 de agosto, quando Flávia, grávida de 36 semanas, foi vista pela última vez entrando no carro de Rozalba para ir a um suposto chá de bebê surpresa em São João Batista. A gestante foi encontrada na manhã seguinte, morta, com marcas de tijoladas na cabeça e lesões nos braços. Seu corpo estava abandonado em uma cerâmica, sem o bebê.
A perícia apontou que a causa da morte foi hemorragia, causada por um corte profundo na barriga no momento em que a criminosa realizou um parto forçado utilizando um estilete, que também foi encontrado no local. Logo após o crime, a assassina deu entrada em um hospital afirmando ter dado a luz a uma criança. No hospital, o crime foi descoberto e ela confessou ter planejado roubar o bebê.
Zulamar Schiestl, marido de Rozalba, chegou a ser preso preventivamente acusado de ter participado do crime. No dia 7 de outubro, porém, ele foi solto com a apresentação de provas de que ele foi enganado pela esposa.
O exame de sanidade mental foi solicitado pela justiça para comprovar se Rozalba responde ou não pelos seus atos. Com a comprovação de que ela é considerada “sã”, o processo segue o curso normal.
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