Sábado, 30 de Agosto de 2025
Mais da metade dos moradores de Santa Catarina se sentem inseguros na cidade onde moram, apontou pesquisa sobre segurança pública feita pela Universidade Regional de Blumenau (Furb), no Vale do Itajaí. Nos últimos anos, 13,5% dos entrevistados sofreram algum tipo de violência no estado.
De acordo com a pesquisa, 12,9% dos moradores do estado se sentem muito inseguros na cidade onde moram. Outros 44,2% se sentem inseguros. Os que se sentem seguros são 40% e os que se sentem muito seguros, 2,6%. Do total, 0,3% não soube responder.
"Eu conheço a minha casa, eu conheço os meus vizinhos, o meu bairro, onde eu moro, e isso me traz uma sensação de segurança. Quando você sai, à noite, especialmente, você está num território que você não conhece e isso te traz insegurança com certeza", resumiu o agrônomo Sérgio Luiz Zampieri.
A pesquisa levou três meses para ficar pronta. No total, 1.017 pessoas foram entrevistadas por telefone nas 20 maiores cidades do estado.
"A gente tinha uma amostra estratificada por sexo, idade e renda, de modo que essa estratificação conseguisse representar o que pensa a população de Santa Catarina", disse Fabrícia Durieux, da coordenação do Projeto Focus, da Furb.
A percepção dos catarinenses muda à medida que as pessoas chegam mais perto de onde moram. Segundo os entrevistados, é mais seguro andar pelos bairros do que pelo resto da cidade.
No bairro, 11,9% se sentem muito inseguros e 36,5%, inseguros. Outros 45,9% se dizem seguros e 5,6%, muito seguros. Do total, 0,2% não soube responder.
Porém, é dentro de casa que o catarinense se sentem mais seguro. Na pesquisa, 64,7% disseram se sentir seguros e 11,9% muito seguros. Outros 19,1% afirmaram se sentir inseguros em casa e 3,7%, muito inseguros. Do total, 0,5% não soube responder.
Também foi perguntado aos entrevistados se eles foram vítimas de algum tipo de violência ou crime dentro do estado. Responderam que não 77,8%. Outros 8,3% foram vítimas no último ano e 13,5%, em outros anos. Do total, 0,4% não soube responder.
"A questão da segurança não se relaciona diretamente com a pessoa ter sido vítima, propriamente a vítima do crime. Mas ela percebe essa segurança nas notícias que escuta, nos comentários que vê, nas reportagens a que assiste", disse o especialista em segurança Alceu de Oliveira Pinto Júnior.
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