Há dois meses equipamentos chamados de foco, que iluminam as mesas de cirurgias, foram comprados para o Hospital Infantil Joana de Gusmão, de Florianópolis, mas ainda estão em um contêiner do Porto de Itapoá, no Norte do estado. Falta pagamento para que eles sejam liberados. A Secretaria de Estado da Saúde afirmou isso deve ocorrer até a próxima semana, como mostrou o Jornal do Almoço desta quinta-feira (2).
Os equipamentos chegaram da Alemanha e são o que falta para o novo centro cirúrgico do hospital começar a funcionar.
Enquanto isso, cerca de 2,5 mil crianças no estado estão esperando por uma cirurgia na unidade. Atualmente, são feitas aproximadamente 400 por mês em quatro salas. Quando o novo centro cirúrgico estiver pronto, essa capacidade vai ser bem maior. Serão nove salas e o hospital quer zerar a fila ainda este ano.
"Nós temos uma fila bastante grande de cirurgia, mas basicamente às custas de cirurgias eletivas. A nossa pretensão no centro cirúrgico novo é tornar essa fila próxima a zero até novembro. Essas nove salas são distribuídas em quatro ou cinco salas funcionantes diariamente; uma sala sempre pronta para as emergências; e quatro ou cinco salas, dependendo das que estão ativadas, são salas de cirurgias específicas", explicou o diretor do hospital, Carlos Scholler.
A Secretaria de Estado da Saúde disse que o equipamento chegou no final do ano passado, período de recesso, e que por isso agora a questão está sendo resolvida. O estado precisa pagar em torno de R$ 600 mil para a empresa alemã mais as taxas de importação para conseguir liberar a mercadoria.
Além disso, tem as diárias cobradas pelo porto pelo tempo que o produto está lá e que até agora somam quase R$ 57 mil.
As obras físicas do centro cirúrgico estão prontas desde 2014. A expectativa do estado é inaugurar o novo centro neste primeiro semestre. Durante todo esse tempo, algumas crianças até já saíram da fila de espera porque completaram 15 anos. Outras aguardam por meses ou até anos.
Com a inauguração do novo espaço, as quatro salas do antigo centro cirúrgico vão oferecer um serviço que o estado ainda não tem.
"Essa área aqui toda onde está o centro cirúrgico provisório vai ser transformada numa outra unidade chamada ´emergência referenciada´. Nós hoje não temos como recuperar múltiplas crianças se sofrerem um acidente. Por exemplo, se nós tivermos um acidente com uma van ou com um ônibus, não há condições no estado inteiro de atender múltiplos feridos. Então essa sala vai servir para isso", disse o diretor do hospital.
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