Em Santa Catarina, a economia deve ser aquecida durante o verão com a presença turistas estrangeiros, sobretudo argentinos. Com isso, os lojistas passaram a investir em propagandas e atendimentos em espanhol para facilitar o consumo deste público, já que a expectativa é de um incremento de R$ 6 bilhões na economia local, como mostrou o Bom Dia Santa Catarina.
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) prevê que até o fim de março, 480 voos saiam da Argentina e cheguem a Santa Catarina. Outros 157 voos fretados estão previstos do Chile, 20 do Paraguai e nove do Uruguai. Esses números representam um aumento de 50% em relação à última temporada.
Algumas lojas investiram em outdoors e propagandas de TV em espanhol. Outras foram até a Argentina para divulgar marca e produtos.
A Secretaria do Estado de Turismo espera 1,4 milhão de argentinos nesta temporada, o que representa 25% a mais na região da Grande Florianópolis do que no último veraneio.
“Escutam-se argentinos falando por todos os lados. Tomamos conta, né?”, disse a turista argentina Valentina Kosina.
Em uma cafeteria procurada pela RBS TV, os argentinos ocupavam oito de cada 10 mesas. “O que salvou as compras e o consumo aqui dentro foram os argentinos. Este ano muito mais, por estarmos em crise e eles não”, disse o gerente Luciano Baretta.
“Como há preços muito bons, se compararmos com a Argentina, sempre que a gente pode, vem para cá”, contou o argentino Ariel Fontana.
Segundo o gerente de marketing Adilson Toll, falar a língua dos turistas trouxe um resultado rápido para a loja em que ele atua. “Em torno de 17 a 20% de incremento em relação ao ano anterior, principalmente na venda de smartphones, eletroportáteis e até de split e ar-condicionado”, relatou.
O marketing voltado para os argentinos é uma aposta até de municípios, que estão de olho na arrecadação de impostos.
“Nesse momento de calamidade financeira, o Imposto sobre Serviço (ISS), decorrente da prestação de serviço gerada pelo aumento no número de pessoas que circulam em Florianópolis é fundamental, é um imposto extremamente necessário para fazer com que a cidade volte a encontrar o caminho do desenvolvimento social e econômico”, disse Filipe Mello, secretário da Casa Civil da capital.
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