As cidades do litoral catarinense enfrentam um problema em comum durante a alta temporada: o aumento do número de moradores de rua. As assistências sociais dos municípios tentam estratégias para tentar reverter esse quadro, como mostrou o RBS Notícias desta sexta-feira (20).
A praia e o movimento de turistas atraem muitos andarilhos pra Balneário Camboriú, no Litoral Norte. Um exemplo é o Paulo Ricardo Cappi e a mulher. Para terem um lugar para dormir, eles precisam vender doces.
"Já tive emprego fixo, mas eu estou sem documento. Com a situação da rua, acabamos perdendo. Aí agora estamos começando tudo de novo para poder ter uma vida normal", disse Paulo.
A Prefeitura de Balneário Camboriú não tem uma estimativa de quantos estão na rua neste momento, mas só nas últimas duas semanas conseguiu convencer 117 a voltarem para a cidade de origem. O governo pagou a passagem de ônibus.
Em Florianópolis, a prefeitura abriu uma investigação depois que andarilhos contaram ter vindo de vans. O município quer descobrir se outras cidades estariam mesmo levando essas pessoas em grupos para as ruas da capital.
O programa de abordagem social em Itajaí também intensificou o trabalho para conter o número de moradores de rua. Em nove meses, aumentou de 350 para mais de mil andarilhos na cidade. A contagem, feita através de cadastro, parou de ser feita em dezembro de 2015. De lá para cá, o que se sabe é que continuou aumentando.
Para o município, esse aumento traz um desafio. "Nós temos a ideia de convencer o usuário a sair da rua, a voltar ao convívio da sociedade, não viver nessa situação em que eles se encontram", afirmou o coordenador do programa de abordagem social, Adeni Rocha Filho.
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