Casa de madeira é erguida sem uso de pregos em Blumenau - Jornal Cruzeiro do Vale

Casa de madeira é erguida sem uso de pregos em Blumenau

04/04/2017
Casa de madeira é erguida sem uso de pregos em Blumenau

Uma casa 100% sustentável foi construída em Blumenau, no Vale Itajaí, como um projeto-piloto de um instituto europeu para que a tecnologia seja produzida no Brasil. O modelo de construção a seco dispensa o uso de água e pregos, pois as peças são encaixadas. Em três dias, a casa foi colocada em pé e, em 10, recebeu os acabamentos.

Embora pareça de alvenaria, a casa foi construída com madeira renovável, feita de painéis pré-moldados tão resistentes quanto uma casa de tijolos. Das paredes ao telhado, louças, luminárias, equipamentos, tudo chegou da Itália em quatro contêineres com peças numeradas.

Com 35 centímetros de largura, as paredes são feitas de abeto, uma madeira semelhante ao pinus que é revestida por uma camada de lã de vidro, material semelhante ao isopor, além de gesso acartonado.

Não precisa de ar-condicionado

No telhado da casa, há painéis fotovoltaicos que tornam a residência autossuficiente na geração de energia. No lugar de ar-condicionado, há um sistema com mangueiras cheias de água instaladas no forro. Se o dia for muito quente, um equipamento resfria a água que circula pelas mangueiras e diminui a temperatura interna da casa. Se o dia for muito frio, o equipamento faz o contrário.

“Temos uma troca do ar ambiente, onde conseguimos manter também a umidade controlada do local”, disse Rodrigo de Bortoli, gerente do Instituto Senai de Tecnologia e Inovação.

A novidade foi desenvolvida por um instituto italiano, que investiu cerca de R$ 2 milhões para instalar o protótipo em Blumenau. A casa foi montada no Instituto Senai de Tecnologia e Inovação, depois de uma parceria entre a instituição italiana com a Universidade Regional de Blumenau (Furb), a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) e o Sindicato da Indústria de Construção (Sinduscon).

A proposta é que o espaço se torne um laboratório para estudantes, engenheiros, arquitetos e empresários do setor. “A ideia não é importar casas, agora, a ideia é habilitar pessoas, empresas daqui, que adaptem os insumos desta edificação para que nós da construção civil possamos oferecer ao mercado”, disse Alberto Buzzi, engenheiro e diretor do Sinduscon.

 

Fonte: G1 Santa Catarina

Comentários

Deixe seu comentário


Seu e-mail não será divulgado.

Seu telefone não será divulgado.