A arte do grafite transforma a cada dia os espaços públicos nas cidades de Santa Catarina em uma galeria grandiosa e pulsante. Artistas encontraram uma saída para a crise econômica do país e a consequente retração nas vendas, e apostam em outros mercados, como o de decoração, e em novos empreendimentos associados ao negócio e à exportação.
Uma figura de um camaleão é o registro do publicitário Rodrigo Rizo, de 29 anos. O animal, símbolo de adaptação, presente nas ruas de Florianópolis, também já foi retratado em países como Suécia, Dinamarca, Itália, Peru, Chile e Estados Unidos.
Rizo afirma que as adversidades do mercado afetaram os custos para a aquisição da matéria-prima e até mesmo a postura do consumidor. “O preço dos materiais utilizados subiu muito e os clientes ficaram mais exigentes e receosos ao investir em arte”, diz.
Como estratégia, ele conta que investiu em ações para despertar o desejo no consumidor. “Antes eu simplesmente apresentava um rabisco e o cliente já se sentia confortável em apostar que iria ficar bom. Hoje, faço um esboço mais elaborado, o mais aproximado possível do resultado final, aplicado em uma foto do ambiente”, conta.
Desde adolescente Rizo já praticava o grafite. O hobby virou profissão e fonte de renda. “O pessoal me via pintando e dizia ‘não quer fazer a decoração de um ambiente para mim?’ ou me convidava para trabalhar em algum projeto”, lembra.
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