Um paciente dá entrada no pronto-socorro com febre e sentindo muita falta de ar. Começam os atendimentos médicos e exames. É conferida a taxa de oxigênio no sangue, a situação dos pulmões e possíveis doenças pré-existentes.
A apreensão é grande. O paciente está incomodado e seus familiares aguardam notícias. É então que vem o resultado: coronavírus.
A descrição que você acabou de ler é a realidade de muitos pacientes que estão internados em leitos de UTI que tratam casos de Covid-19. Quando deram entrada no hospital, não faziam ideia do que viria pela frente. São dias de muito risco, dor, sofrimento e espera por uma boa notícia.
Em casos de piora do quadro clínico, o paciente pode ser entubado. É nesse momento que sua respiração passa a ser totalmente controlada por um aparelho.
De acordo com o médico infectologista e diretor técnico do Hospital de Gaspar, Dr. Ricardo Freitas, um paciente com coronavírus é entubado quando sua dificuldade respiratória é tão grande a ponto de causar sofrimento. “Quanto maior a dificuldade, menor oxigenação o paciente tem e mais desconforto ele vai sentir. Uma vez entubado, ele não terá mais sofrimento, dificuldade e agonia”, detalha.
Não existe diferença de entubação de um paciente com ou sem coronavírus. Quando o tratamento precisa avançar para a etapa de respiração artificial, a entubação acontece de maneira tradicional, com o paciente deitado na cama de barriga para cima. Porém, nos casos em que, mesmo entubado, o internado não tem uma oxigenação pulmonar adequada, os médicos optam pela pronação, que é virá-lo de barriga para baixo (deixando entubado). “Temos visto que as pessoas, quando pronadas, tendem a ter uma melhora na capacidade pulmonar e a recuperação é mais rápida. Então, quando a entubação tradicional não dá o resultado esperado, acabamos pronando o paciente para que ele tenha uma melhor capacidade respiratória e não sofra”, afirma o médico.
Confira os exemplos abaixo:
A principal diferença entre os dois tipos de UTI é que a de coronavírus é focada em doenças respiratórias. “Ela não trata outras comodidades, como AVC, e não vai se preocupar com outros órgãos também. Na UTI que trata Covid-19, os médicos estão focados no pulmão e em melhorar a capacidade respiratória das pessoas”.
Desses...
Morreram: 13 pessoas (sendo 4 de Gaspar e 9 de outras cidades)
Ganharam alta: 4 pessoas
Foram transferidas para outros hospitais: 2 pessoas
Seguem internadas: 7 pessoas
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