Um comunicado da JBS - controladora da Seara - à Comissão de Valores Mobiliários após o fechamento da Bolsa na sexta-feira, dia 20 de dezembro, afirma que comprou por R$700 milhões da Bunge, os ativos de margarinas e que inclui as unidades de Gaspar, São Paulo e Suape, em Pernambuco, bem como as marcas Delícia, Primor e Gradina.
O comunicado diz que "a transação fortalece a posição da Seara no mercado de margarinas no Brasil otimizando a sua plataforma de distribuição e está em linha com a estratégia da Companhia de expandir seu portfólio de produtos de maior valor agregado e com marca".
A unidade de margarina de Gaspar foi a primeira que a Ceval (onde era a sua sede montou quando resolveu entrar nesta área. A segunda unidade, da Ceval foi no complexo portuário de Suape, em Ipojuca. Já unidade de São Paulo pertencia a Santista, a origem da bicentenária holandesa Bunge no Brasil há mais de 100 anos.
As marcas Delícia - era a líder de mercado da Santista - e a Primor da Samrig - outra empresa da Bunge que atuava no Rio Grande do Sul, igualmente com a Sanbra, no Nordeste.
A Seara nasceu com a família Paludo e como um frigorífico, na cidade que lhe dá o nome. A Ceval a adquiriu e a tornou uma marca nacional concorrente das líderes Sadia e Perdigão, hoje apenas marcas da BRF Brasil.
Quando a Ceval foi adquirida pela Bunge, as operações da Seara foram vendidas pela Bunge à americana Cargill, que disputou com a Bunge a compra da Ceval. O foco de ambas era as operações de grãos, produção de farelos e óleo de soja.
A Cargil vendeu a marca e as operações da Seara à Marfrig, antes delas chegarem a JBS e se tornar a marca líder de mercado e escândalos.
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