O Dia do Agricultor, celebrado com grandes festas nas décadas passadas, passará em branco para os produtores rurais de Gaspar. As perdas dos últimos cinco anos somadas à catástrofe de novembro do ano passado deixaram grandes prejuízos para os agricultores da cidade, que não tem nada, ou quase nada, para comemorar.
Para o presidente da Associação dos Produtores de Arroz, Elmar Beiler, a cada ano que passa a atividade rural perde espaço para a indústria e deixa de ter importância econômica para a sociedade. "O trabalhador do campo precisa ser valorizado. O setor como um todo precisa de novas políticas públicas de incentivo à produção. Os municípios estão crescendo, mas a produção agrícola ainda dá equilíbrio para este crescimento", destaca o rizicultor, que tem esperanças de ver uma nova valorização do homem do campo.
Ivanilde Rampelotti, presidente do sindicato da categoria, revela que muitos produtores, principalmente de arroz, desistiram de trabalhar no campo após tantas perdas. "O Governo Federal prometeu conceder empréstimo aos agricultores atingidos pela catástrofe, mas para isso o estado serviria de aval. O estado não cumpriu com sua palavra e por isso os produtores não podem pegar empréstimos para recuperar o que a chuva estragou. A situação está muito difícil", justifica.
Para Ivanilde, apesar de cansados, os agricultores não podem deixar de produzir. "A agricultura é muito importante para a sociedade e não pode parar. Precisamos ter esperanças e não desistir", recomenda.
Dia do Agricultor
O dia voltado para lembrar da importância dos agricultores na economia e desenvolvimento do país é o dia 28 de julho. A data foi estabelecida pelo Decreto Nº 48.630, de 27 de julho de 1960, para reconhecer o trabalho desenvolvido pelos trabalhadores rurais. No dia 25 de julho também comemora-se o Dia do Colono, que eram os trabalhadores rurais estrangeiros que vieram para o Brasil logo após o fim da escravidão para substituir os escravos nas lavouras, em especial as de café.
A agricultura é conhecida como a arte de cultivar a terra e hoje é feita com base num conjunto de técnicas produtivas que surgiram em meados do século XIX, conhecida como a segunda revolução agrícola, e que se baseou no lançamento dos fertilizantes químicos. Expandiu-se após as grandes guerras, com o advento do emprego de sementes manipuladas geneticamente para provocar o aumento da produtividade, associado ao emprego de agroquímicos e de maquinaria agrícola.
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