Depois do anúncio do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, de que o Governo estuda proposta de assinar portaria que permitirá às pessoas desempregadas ou impedidas de trabalhar por conta das enchentes em Santa Catarina a ter direito ao seguro-desemprego, diversas pessoas foram procurar a agência do Sine para tentar receber o benefício.
Segundo Iara da Silva, coordenadora do Sine de Gaspar, ainda não há informações exatas sobre este benefício, portanto, a população precisa aguardar novas orientações para depois tentar receber o seguro desemprego. "Já entramos em contato com a equipe do Ministério do Trabalho e Emprego, mas ainda não obtivemos retorno. Assim que formos informados sobre este benefício a comunidade será informada", explica Yara, que pede que a população seja paciente.
Segundo o Ministro, a Portaria permitirá que as pessoas impedidas de trabalhar por conta das enchentes saquem até no máximo sete parcelas, a depender de cada caso, nos valores que vão do salário mínimo (R$ 415) até R$ 776,46. "Essa medida será assinada em breve. Logo anunciaremos onde os trabalhadores poderão procurar para se credenciar, para ter autorização para receber esse amparo do seguro desemprego, para essa região onde está decretado estado de calamidade pública em Santa Catarina", afirmou Lupi em entrevista coletiva para a imprensa na semana passada.
Segundo explicou o ministro, a ampliação para até cinco parcelas do seguro desemprego se dará nos casos extremos em que o desempregado, demitidos ou pessoas impedidas de trabalhar porque a empresa está parada em virtude das enchentes, permanecer nessas condições por mais tempo. No caso de pessoas que venham a receber o seguro desemprego, mas encontrem trabalho ou retornem aos seus empregos, o pagamento se limitará aos três meses previstos em lei e o valor será calculado com base no salário que a pessoa recebia quando empregado, antes da calamidade.
Mesmo quem já estava desempregado antes das enchentes e tenha recebido já as três parcelas do seguro poderá receber ainda mais duas, se estiver nas áreas atingidas e estiver impedido de trabalhar por conta da situação de exceção.
O ministro informou que ainda não há estimativa oficial de quantas pessoas serão beneficiados, mas disse que esse número pode passar de 30 mil.
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