Um novo passo foi dado rumo ao acordo que irá solucionar o impasse entre o Sindicato dos Motoristas de Gaspar e Blumenau e a empresa Auto Viação do Vale. Representantes das duas entidades se reuniram na noite da última quarta-feira, 19, na sede do Ministério do Trabalho, em Blumenau, para conversar sobre as propostas da empresa com relação a questões salariais e de infraestrutura.
O presidente do Sindicato, Ari Gerner, revela que o encontro serviu para avançar nas negociações mas não chegou a nenhum acordo. "Eles ainda não tinham nenhuma proposta para nos apresentar, mas conseguimos conversar sobre tópicos importantes e mostrar nossas ideias", conta.
Ari acrescenta que um novo encontro está marcado para a próxima semana. "Nesta segunda-feira eles irão nos repassar uma proposta sobre nossas principais reivindicações. Vamos levar esta proposta aos motoristas e na próxima quarta-feira vamos ter uma nova conversa com os representantes da empresa para, quem sabe, dar fim a toda essa história", acredita o presidente.
Dentre as principais reclamações da categoria estão o reajuste salarial, que deveria ter sido repassado no mês de maio e questões relacionadas à jornada de trabalho e ao acúmulo de serviço, pois em Gaspar não há cobradores dentro dos ônibus do transporte coletivo urbano e os motoristas precisam desempenhar as duas funções.
O representante da Auto Viação do Vale e chefe de Manutenção, Bruno Nunes Correa, esclarece que membros da empresa receberam a proposta do Sindicato e que o documento será analisado para que haja novas conversas sobre o assunto na próxima semana.
Manifestação
Na última sexta-feira, 14, motoristas e outros manifestantes, dentre eles membros do Movimento dos Sem Terra, MST, se reuniram em frente ao terminal de ônibus Norberto Willy Schossland, no bairro Coloninha, para atrair a atenção da direção da empresa Auto Viação do Vale para questões salariais e de infraestrutura.
Com discursos inflamados proferidos em um sistema de som improvisado, cerca de 40 manifestantes participaram do protesto pacífico em frente ao terminal de ônibus. Com a bandeira do Brasil esticada, motoristas e representantes de outras categorias cantaram o hino nacional e pediram por justiça no acordo salarial.
A Polícia Militar esteve no local para evitar que a situação saísse do controle e foi alvo de protestos de alguns dos manifestantes, que declararam que "sem polícia não dá graça". Caso não haja acordo entre empresa e trabalhadores, uma nova manifestação poderá ser realizada.
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