A paixão pela radiocomunicação uniu seis gasparenses em torno de um mesmo projeto: criar na cidade um clube de radioperadores comunitários. O desafio foi lançado em 1996 e no mesmo ano Sílvio Fistarol, Orivaldo Domingos Santana, Jozuél Vicente da Silva, Maurino João Bernz, Fátima Patrícia Zimmermann Zabel e Guiomar Lurdes Maia fundaram o grupo Independente de Rádio PX de Gaspar, atualmente denominado PX Clube Cidade de Gaspar.
Ao completar 13 anos, comemorados na última sexta-feira, 21, o PX Clube se orgulha dos serviços prestados à comunidade, principalmente durante as situações de calamidade pública, como a tragédia de novembro do ano passado. Enquanto muitas rádios estavam fora do ar, foram os radioperadores que contribuíram com as autoridades, captando as informações oficiais e levando para a comunidade. "Instalamos nossos equipamentos junto à Defesa Civil e ajudamos a população a se comunicar com as autoridades. Anotamos os pedidos de socorro e recebemos informações sobre as localidades isoladas", destaca Sílvio Fistarol, fundador do clube.
Segundo o próprio slogan, o PX Clube de Gaspar não faz para aparecer, ele aparece para fazer. "Através de nossos equipamentos podemos fazer muito pela comunidade", justifica o radioperador Antônio Carlos Pereira, que também mantém uma estação de radioamadorismo.
Atualmente o PX Clube Cidade Gaspar é formado 15 apaixonados por rádio amador. Eles se reúnem uma vez por mês para discutir as questões do Clube e trocar experiências vividas pelas ondas do rádio. Na próxima semana acontece a eleição da nova diretoria do Clube.
PX
Os rádios PX operam na faixa do 11 metros, a Faixa do Cidadão, e se constituem em um acessório quase obrigatório em termos de segurança e lazer de muitos motoristas e caminhoneiros que trafegam pelas estradas brasileiras. Em Gaspar, os 15 integrantes do PX Clube se tornaram rádio cidadãos apenas por lazer.
Liberada para utilização no Brasil na década de 70, a Faixa do Cidadão está sujeita a uma série de exigências da Agência Nacional das Telecomunicações, que controla a origem, o modelo e a potência do equipamento, além da habilitação do operador, que tem um prefixo próprio para o uso da frequência de rádio.
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