Prefeitura ainda negocia compra de terreno para desabrigados - Jornal Cruzeiro do Vale

Prefeitura ainda negocia compra de terreno para desabrigados

24/07/2009

9MD.jpgTrês meses após anunciar a compra do terreno que pertence à massa falida da Sulfabril, a Prefeitura ainda não conseguiu efetivar a compra do espaço. No local, a Administração Pública pretende construir parte das mais de cem casas populares prometidas para as famílias desabrigadas da tragédia de novembro do ano passado.
A razão da demora seriam os impasses burocráticos, conforme explica o procurador do município, Mário Mesquita. "Estivemos com o juiz responsável e o mandado de emissão de posse já está assinado e deverá ser publicado nos próximos dias", revelou o promotor na tarde desta quarta-feira, 22.
Após a publicação do mandado, a equipe da Prefeitura enviará os engenheiros para fazerem o levantamento topográfico do terreno e no prazo de uma semana a Secretaria de Obras espera iniciar a terraplanagem do local.
Mesquita revela que as tratativas com a empresa Brasken, que se comprometeu a construir trinta casas na cidade, e com os representantes do governo da Arábia Saudita, que irá erguer 74 moradias em Gaspar, estão adiantadas e assim que a terraplanagem do terreno for executada as obras de construção das casas devem ter início. "Apesar disso, acreditamos que apenas as casas prometidas pela empresa Brasken poderão ser entregues ainda este ano", ressalta o representante do poder público.
As 30 residências doadas pela empresa Brasken tem 40 metros quadrados cada, divididos em dois dormitórios, sala, cozinha e banheiro. As casas serão construídas com sistema de concreto de PVC, que não necessita de pintura, que é de fácil limpeza e pode ser ampliado em até 62 metros quadrados.

Infraestrutura
Para garantir a infraestrutura no local onde serão erguidas as moradias populares, a Prefeitura programa construir uma escola e um posto de saúde. Segundo o procurador do município, a escola deverá ser erguida pela empresa Bunge Alimentos, que se comprometeu a reconstruir a escola Angélica Costa, que desabou em novembro e estava localizada no Sertão Verde. "Temos recomendações do Ministério Público e dos geólogos de que nenhuma nova construção pode ser erguida no Sertão Verde. Por uma questão de segurança, vamos propor que a escola seja instalada neste novo loteamento", revela Mesquita.
A proposta foi apresentada aos responsáveis pela empresa Bunge Alimentos e aos moradores do Sertão Verde na noite desta quinta-feira. Até o fechamento desta edição a reunião não havia sido concluída.

Entenda o caso:
O processo solicitando a emissão de posse do terreno entrou na Comarca de Gaspar no dia 14 de maio, o juiz responsável percebeu a falta de um documento no dia 4 de junho. O documento foi entregue pelo município no dia 25 de junho e até o momento a Prefeitura aguarda o juiz se manifestar sobre o caso.

Acompanhe:
Gaspar foi contemplada com quase 200 moradias:
74 serão erguidas com recursos doados pela Arábia Saudita
66 serão erguidas com recursos da Cohab - arrecadados pela Defesa Civil do Estado
30 serão erguidas pela empresa Brasken
Todas as moradias dependem de espaço para começarem a ser construídas. Além do terreno que pertence à Sulfabril, que fica na Margem Esquerda, a Prefeitura possui recursos, doados pelo estado, para adquirir outros dois locais que ainda não estão definidos.

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