Da Redação Por Fernanda Pereira
A rejeição do projeto de lei que contrataria 17 assessores para atuarem nas Secretarias Municipais de Gaspar deixou o prefeito Pedro Celso Zuchi chateado. Ao menos foi esse sentimento que ele expressou durante entrevista concedida ao comunicador Julio Carlos, da Rádio Sentinela do Vale, no dia seguinte à votação do projeto na Câmara dos Vereadores.
Zuchi foi à rádio apontar uma série de obras que estão com recursos garantidos, inclusive com dinheiro depositado na conta da Prefeitura na Caixa Econômica Federal, mas que estariam emperrados devido a projetos que aguardam por readequações. Segundo Zuchi, falta mão-de-obra na Prefeitura para fazer e avaliar estes projetos. "Esses novos assessores seriam engenheiros e advogados que trabalhariam na elaboração dos projetos que viabilizariam estas obras. A cidade de Gaspar é que vai perder. Faltou coerência de algumas pessoas", afirmou o prefeito em entrevista.
A solução encontrada pelos Administradores será a admissão de profissionais através de empresas, que serão contratadas através de licitação. Alternativa bem mais despendiosa, segundo Zuchi.
Obras
Entre as obras citadas pelo prefeito aos ouvintes da Rádio Sentinela estão a das ruas Leopoldo Alberto Schramm, no Gasparinho, e José Anastácio da Silva, no Gaspar Grande, que precisam de uma readequação nos projetos. Na mesma situação, segundo o prefeito, está a obra de urbanização da Cohab do Gaspar Mirim, que tem R$535 mil depositados na Caixa e que não podem ser utilizados, pois precisa executar um projeto de engenharia e a Prefeitura não tem engenheiro suficiente para este serviço. As melhorias de calçamento e construção de calçadas na rua José Schwartz, que dá acesso ao Hospital, estão na mesma situação, assim como a Ponte do Vale, que tem recursos mas não tem projeto adequado.
SEM RESPOSTA
A questão que fica diante da situação é: Por que não chamar os advogados e engenheiros que passaram no concurso público realizado em meados de 2008? A pergunta seria feita pela equipe de reportagem do Cruzeiro ao prefeito na manhã desta segunda-feira, 29. Mas ficou sem resposta pois a equipe solicitou à assessoria de imprensa da Prefeitura uma entrevista com o chefe do Executivo no início da manhã de ontem e a assessoria ficou de retornar informando a possibilidade da realização da entrevista, porém, apesar dos contatos feitos pela equipe do Cruzeiro, não retornou e não agendou o horário.
Em entrevista concedida ao Cruzeiro do Vale em janeiro deste ano, Zuchi afirmou que não poderia chamar os concursados, pois precisava de profissionais de confiança. "No concurso não temos as pessoas com a qualificação que precisamos no momento exato, pois os comissionados são cargos que ficam a disposição do prefeito. A partir do momento que eu não preciso mais, eu posso exonerá-lo. Se eu contratar através de concurso público eu não poderei exonerá-lo. Fica difícil você chamar uma pessoa pra preencher certa função e de repente ela não tem a qualificação que você precisa para aquele momento. Sendo comissionado, eu tenho condições de exonerar e chamar outro", afirmou o prefeito no início do ano.
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