A equipe da Vigilância em Saúde do município está alertando a população que mora em áreas rurais ou próximo de plantações para que fique atenta ao aparecimento dos caramujos gigantes africanos.
De acordo com informações da Vigilância, ainda não há nenhum caso registrado em Santa Catarina, porém, atualmente o molusco pode ser encontrado em 14 estados brasileiros e como Gaspar já registrou diversos aparecimentos do molusco em anos anteriores, é importante que a população fique atenta ao possível aparecimento dos moluscos na cidade.
Segundo a equipe da Vigilância à Saúde, a identificação e o extermínio do caramujo, que tem o nome científico de Achatina fulica, precisam ser feitos pela própria comunidade.
Caso identifique algum caramujo gigante africano, a população deve manuseá-lo com luvas cirúrgicas e lançá-lo a um recipiente para, então, queimá-lo.
Segundo os especialistas, as conchas precisam ser esmagadas ou enterradas para que não se tornem criadouros de larvas do mosquito da dengue ou da febre amarela.
Gaspar
Os caramujos africanos apareceram pela primeira vez em Gaspar em meados de 2004 e foram exterminados através de campanha realizada pela equipe da Vigilância da Saúde junto à comunidade.
Na época, muitas crianças brincavam com o caramujo, pois a população não conhecia a periculosidade do molusco.
Em fevereiro de 2007 o molusco apareceu novamente na cidade. Na época, eles foram encontrados pelo morador Odilson Cunha, em um terreno baldio da rua Francisco Silvério Schneider, no bairro Figueira, e em outras localidades de Gaspar.
A cada dois meses, um caramujo põe 200 ovos, e após cinco meses, os filhotes crescem e se tornam adultos, podendo também se reproduzir.
O caramujo sobrevive em terrenos baldios, plantações abandonadas, sobra de construções, pilhas de telhas e tijolos. "O caramujo se reproduz o ano inteiro, mas não gosta de temperaturas extremas, de calor ou frio. Por isso que é quando o tempo fica mais ameno, acabamos percebendo a presença dele", explica o agente de endemia Alcídio Rodolfo da Silva.
O caramujo
Além de uma praga às plantações, o caramujo africano pode transmitir doenças graves para o ser humano, como distúrbios do sistema nervoso e a angiostrongilíase abdominal, doença grave que pode resultar em óbito por perfuração intestinal.
O caramujo gigante africano é um molusco grande, terrestre, nativo do leste e nordeste da África. Quando adulto, atinge 15 cm de comprimento e 8 cm de largura e mais de 200 gramas de peso total.
Foi introduzido recentemente no Brasil, por volta da década de 80, com o nome de escargot. Era vendido a um preço mais barato e contatou-se de que não era comestível. Muitas espécies foram soltas e se espalharam pelo território nacional, já que não possuem predadores.
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