O ciclo da operação policial em busca dos dois últimos assaltantes à Viacredi do bairro Poço Grande, foragidos desde o início da tarde desta quarta-feira, dia 27, chegou ao fim. Na noite do mesmo dia em que os quatro homens assaltaram à cooperativa crédito, os dois últimos bandidos foram presos.
A prisão do terceiro bandido aconteceu por volta das 20h. Felipe Albuquerque Ribeiro, de 22 anos, foi preso correndo sentido morro do hospital / Celesc. A polícia chegou até o bandido após denúncias de uma família que o viu circulando pelo local. Felipe é morador do bairro Bela Vista.
Duas horas mais tarde, por volta das 22h, os policiais civis e militares prenderam o último assaltante da quadrilha. André Costa Figueira, de 24 anos, estava escondido no matagal próximo ao hospital (na bica d´agua), quando foi surpreendido pelos policiais. Ele se embrenhou na mata e, em fuga, foi atingido por tiros na perna. O Corpo de Bombeiros de Gaspar foi acionado e encaminhou o bandido ao hospital para atendimentos. No momento da prisão, nenhum dos assaltantes estavam com as armas utilizadas no assalto. Elas estavam escondidas no mato e foram recuperadas mais tarde.
Na delegacia de polícia, a equipe do Cruzeiro do Vale entrevistou com exclusividade o assaltante Felipe Albuquerque Ribeiro. Confira abaixo:
Cruzeiro do Vale: Como vocês planejaram o assalto?
Felipe Albuquerque Ribeiro: A gente tava no Bela Vista e resolvemos assaltar a Viacredi. A gente foi com duas motos e o carro.
CV: E como vocês entraram na agência?
FAR: Com uma marretada e entramos atirando.
CV: E depois?
FAR: Recolhemos o dinheiro dos caixas e fomos pro Centro.
CV: E o que aconteceu?
FAR: Fugi com a sacola do dinheiro e me escondi no mato. Quando a polícia chegou, eu saí correndo com a sacola do dinheiro. Teve troca de tiros.
CV: Você foi para onde?
FAR: Fiquei no mato o tempo todo. Tava com meu colega. Eu tava só de cueca. Esperei anoitecer pra tentar fuga. Pedi uma camisa e uma calça pra um morador ali de perto e comecei a fugir pela rua quando a polícia me pegou.
CV: E você já tem passagem pela polícia?
FAR: Já fui preso três vezes. Por tráfico, porte de arma e assalto.
CV: E sua família?
FAR: Moro no Bela Vista. Minha mulher tem 16 anos e tá grávida. Meu irmão também tava no assalto e foi baleado.
Confira abaixo como aconteceu as duas primeiras prisões:
Homens assaltam Viacredi do Poço Grande. Um bandido morre, um fica ferido e dois seguem foragidos
Quatro bandidos assaltaram a Cooperativa de Crédito Viacredi do bairro Poço Grande na manhã desta quinta-feira, dia 27. O assalto aconteceu por volta das 10h e os bandidos entraram na agência atirando. Eles chegaram à cooperativa com duas motos, com placas de Vitor Meireles, no Alto Vale do Itajaí, e de Blumenau. Após o roubo, eles fugiram a bordo de um automóvel Pálio branco em direção ao centro de Gaspar.
Nas proximidades da antiga Olimalhas, os assaltantes foram rendidos pela polícia. Durante troca de tiros entre os criminosos e as policias Civil e Militar, dois bandidos foram atingidos. Um morreu e outro, identificado como Diego Ferreira Cerqueira, de 23 anos, morador do bairro Bela Vista, foi encaminhado ao Hospital de Gaspar após levar cinco tiros.
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Aproximadamente 12 policiais civis, com o apoio de policiais militares, trabalharam em busca dos dois fugitivos. Um helicóptero da Polícia Militar de Santa Catarina também veio à cidade dar apoio nas buscas. Até às 18h, os dois homens ainda não haviam sido localizados.
A agência da Viacredi ficou fechada durante todo o dia. A quantia de dinheiro levada pelos bandidos não foi divulgada. O valor foi retirado dos caixas do banco e não dos cofres. Ainda não há uma estimativa do total levado, mas parte do dinheiro já foi encontrado pela Polícia Civil em uma sacola e no bolso de um dos assaltantes.
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Testemunhas relatam tensão em assalto
Testemunhas que estavam na Cooperativa Viacredi na manhã desta quarta-feira, dia 27, no exato momento do assalto, contaram à reportagem do Jornal Cruzeiro do Vale detalhes da rápida ação dos criminosos. A aposentada Marlene Barbosa, 71 anos, conversava com um funcionário da cooperativa quando a ação dos bandidos teve início.
Ela e o funcionário do banco foram levados para os fundos da agência, onde tiveram que ficar escondidos atrás de uma mesa. ?Eu já estava prestes a sair da agência. Ouvi alguns disparos e algumas ameaças que eles fizeram aos seguranças?, relata a cliente da cooperativa.
Antônio Bufon, marido de uma funcionária da agência, chegou no local do assalto no final da manhã desta quarta e informou que os bandidos já teriam entrado disparando cinco tiros. Apesar disso, ninguém ficou ferido. ?Minha esposa disse que só deu tempo de se abaixar e rezar?, declara.
Casa serviu de acesso a policiais
A casa de Iolanda Massuquetti fica às margens do rio Itajaí-Açu, na rua Itajaí, por onde dois dos quatro bandidos que assaltaram a cooperativa tentaram fugir após confronto com os policiais. O portão dos fundos da residência, próximo à piscina, serviu de acesso para os demais policiais entrarem no matagal e também para o acesso às informações por parte da imprensa. ?Tinha acabado de voltar da academia. Quando cheguei em casa ouvi uma série de tiros. Em seguida, percebi uma movimentação intensa de curiosos e de repórteres em frente de casa. Precisei tomar um copo de água com açúcar para me acalmar?, conta Iolanda, que mora na residência com a filha.
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