Uma operação da Polícia Civil estourou um depósito ilegal de óleo combustível que funcionava há 21 anos na rua Pedro Schmitt Júnior, no bairro Poço Grande, na manhã desta quarta-feira, 17. O proprietário do local, Jorge Hanemann, alegou que, apesar de estar há duas décadas no negócio, não sabia quais as regulamentações precisavam ser feitas para regularizar as instalações.
A polícia chegou até o local após várias denúncias da comunidade. O promotor de justiça, Flávio Eduardo de Souza, que está desde segunda-feira, 15, visitando postos de gasolina da região do Vale do Itajaí, foi informado das denúncias e decidiu ir com sua equipe até o local averiguar a situação.
O promotor destaca que além de o comércio de lubrificante ser frio (as notas eram emitidas em nome de outras empresas), o proprietário não tinha licença ambiental para instalação do negócio, nem autorização da Agência Nacional de Petróleo e nem os laudos do Corpo de Bombeiros para esta transação.
Perigo
O combustível que Jorge armazenava é aquele que fica nos postos de gasolina após a troca de óleo. Este combustível usado era recolhido pelo empresário e levado ao seu depósito, onde permanecia até ser vendido para uma empresa da cidade de Rodeio. Jorge não possui cadastro de pessoa jurídica, sendo assim, a situação do negócio não era legalizada e nem estava sob o nome de nenhuma empresa. "Este líquido é inflamável. A vizinhança toda corria risco porque não há segurança alguma", destaca o promotor.
Jorge afirma que já havia entrado em contato com a Polícia Ambiental e que eles visitaram o estabelecimento, mas não deram retorno dizendo se autorizavam ou não o funcionamento das instalações.
Todo o óleo recolhido no depósito irregular foi retirado dos tambores e levado para um depósito em Joinville. O proprietário disse ter perdido cerca de R$20 mil nesta apreensão e que não vai mais usar o depósito depois do que ocorreu. Ele pensa em usar um caminhão para fazer o transporte autorizado deste fluído.
Jorge foi encaminhado para a Delegacia de Polícia, onde presta depoimento ao delegado Paulo Koerich.
Irregular
Para piorar ainda mais a situação de Jorge, quando ele chegou ao depósito, as autoridades policiais já esperavam por ele e quem dirigia o carro da família era seu filho de 14 anos. O promotor Flávio destaca que Jorge terá de responder por ambas as ocorrências para a Polícia Civil.
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