Osmar Hostin: dez filhos e uma linda historia de amor - Jornal Cruzeiro do Vale

O dia 13 de agosto de 2023 poderia ser apenas mais uma data comemorativa, que marca o início de um novo ciclo de vida. Mas, não para Osmar Hostin. Além de completar 65 anos de vida, ele comemora mais um Dia dos Pais.

Morador do Bateias, Osmar é um pai fora do comum. Ele tem 10 filhos (sendo oito adotivos) e uma história nada habitual hoje em dia. E foi ao lado da esposa Marlene que ele superou todos os obstáculos e formou sua família com muito amor, zelo e dedicação.

A chegada de cada filho

Em dezembro de 1993, seu Osmar deu início ao primeiro processo de adoção. Ele já tinha duas filhas biológicas, Aira Sama e Noar, que à época tinham quatro e cinco anos de idade. Foi quando Agdan Levi de Souza Hostin, com apenas dois meses de vida, foi deixado pelos pais na Prefeitura de Gaspar e, então, chegou aos cuidados da família Hostin. Quando o menino completou quatro meses, os pais biológicos voltaram para buscá-lo. Porém, a justiça manteve a criança com a nova família.

Em abril de 1994, Osmar e Marlene deram início ao segundo processo de adoção, dessa vez em Joinville. Foi aí que a família cresceu com a vinda de José Honorato. Três anos mais tarde, em 1997, uma surpresa: uma parente decidiu colocar o filho para adoção e a família Hostin cresceu novamente, recebendo Datan Ariel. E, em seguida, em 1999, aos quatro anos, Andrei chegou para completar a família.

A casa de Osmar e Marlene estava repleta de amor e eles não imaginavam que algo surpreendente ainda estava por acontecer. Uma ligação entre assistentes sociais resultou na adoção de três irmãos nascidos no Oeste de Santa Catarina: Natanael, Libia e Elisama Edna. “Lembro que saímos de madrugada de Gaspar e no fim do dia retornamos com os três. Não sabíamos o que iríamos encontrar, mas fomos com todo amor e carinho”, relembra Osmar.

Se você está fazendo as contas de quantos filhos Osmar e Marlene já somava nesta etapa da vida, vamos te ajudar: nove. E com amor sempre transbordando, em 2005 eles adotaram Luiz, que chegou para completar a vida do casal e seus 10 filhos. O menino entrou para a família aos 11 anos, depois de ter passado por vários orfanatos. O coração bondoso do casal acolheu mais esta criança e todos os processos ainda estão vivos na memória de Osmar, que celebra a vida e a alegria de ter 10 filhos adultos (com idades entre 23 e 35 anos) e sete netos. “Quando cheguei na casa dos meus pais adotivos eu me senti preenchido de amor e aconchego. Todos os meus irmãos me acolheram muito bem, foi um dia muito memorável”, lembra Luiz.

Trabalho e família

Seu Osmar trabalha no Grupo Lince há 49 anos. Sempre conciliou as atividades à tarefa de ser pai. Pra ele, sua principal missão sempre foi ensinar os filhos a serem honestos e trilharem um bom caminho. “Para ser pai é necessário ter muita responsabilidade para ajudar as pessoas a se colocarem neste mundo. Tivemos nossas crises, como qualquer família tem, mas nunca desistimos dos nossos filhos e ajudamos cada um a trilhar o caminho do bem. O amor esteve acima de tudo e todos os nossos filhos são tratados da mesma forma”.

Ensinamentos

Luiz descreve o pai Osmar como uma pessoa transparente e de muita humildade, sempre disposto a ajudar os filhos, a esposa ou qualquer outra pessoa, sem moeda de troca. Entre as melhores lembranças nesta jornada é que o pai Osmar sempre se fez presente, em todos os momentos, desde os eventos até às divisões das tarefas de casa. “Os meninos da família ficavam com a parte externa e ele lá estava, acompanhando e instruído para ensinar os filhos como se fazia uma boa manutenção da limpeza de casa”, relembra Luiz.

Ele acrescenta ainda que tem muitos motivos para ser grato e tem orgulho em dizer que é filho de Osmar Hostin. “Meu pai é um homem muito batalhador, honesto e humilde. Nunca deixou de oferecer e dar suporte aos filhos. Sempre esteve ao lado de sua mulher e preocupado com o bem estar da família. Com muito amor e respeito, ao lado de minha mãe, ele deu o melhor de si. É um grande exemplo de ser humano”.

Edição 2117