Orelhões funcionam, mas convivem com o desuso - Jornal Cruzeiro do Vale

Orelhões funcionam, mas convivem com o desuso

06/04/2014

Popular e acessível, a telefonia móvel hoje é uma das principais formas de comunicação entre pessoas que estão perto ou distante. Em desuso constante, os telefones públicos, conhecidos como orelhões, tornam-se objetos de ?decoração? nos bairros de Gaspar. Nas redondezas do Centro, a reportagem do Jornal Cruzeiro do Vale fez uma checagem em aproximadamente 10 orelhões. Todos apresentavam estar em funcionamento e disponível para discagem de telefonemas.

No entanto, é raro ver usuários na cabine dos telefones públicos. Em uma hora de monitoramento em orelhões pela cidade, a reportagem não encontrou uma única pessoa usando os telefones disponíveis. ?De fato raramente tenho usado os orelhões. Pelo Centro nunca usei. Onde moro há cinco anos, no bairro Coloninha, só usei uma única vez?, conta Juliana Soares, com o seu telefone celular em mãos.

No bairro Sete de Setembro, a maioria dos orelhões funciona, mas também é difícil presenciar usuários fazendo suas discagens. ?Não costumo usar os orelhões. Hoje o aparelho celular virou necessidade. Atualmente recorro à telefonia móvel e fixa, seja em casa ou no trabalho?, declara Adriana Lopes, moradora do bairro Sete de Setembro. 

Trabalhando em um mercado do bairro Sete de Setembro há dois anos, Edson Luiz da Silva diz que não vende um único cartão telefônico há mais de dois anos. ?Até temos cartões telefônicos com diferentes tipos de unidades para vender, mas não adianta, está quase impossível sair um mísero cartão?, conta.

Joel da Silva Macedo de Mendonça, atendente de uma lanchonete no Centro, observa que a demanda de vendas de cartões está baixa devido às várias opções que o cidadão tem para se comunicar. ?Vendemos poucos cartões telefônicos. Agora existem opções aos usuários, como estes pacotes combo que incluem num só contrato opções como televisão a cabo, internet e telefone fixo. Tem ainda programas especializados em telefonia via internet, além das linhas fixas residências e do celular. Acho que cidades mais rurais, do interior, acabam usando mais a telefonia pública do que uma cidade mais povoada?, avalia.

Solicitações de reparo podem ser enviadas pelo canal de atendimento Oi, no número 10314, tanto por consumidores quanto por entidades públicas. No site da empresa, no espaço Orelhão, é possível obter informações sobre o modo de utilização pra se realizar as discagens e os preços oficiais dos cartões com suas respectivas quantidades de unidades. Onde há cartões telefônicos à venda também pode ser consultado pelo endereço eletrônico da Oi.

 

Vandalismo

Segundo a assessoria de comunicação regional da Oi, como os orelhões da empresa estão instalados em vias e estabelecimentos públicos, os aparelhos sofrem, diariamente, danos por vandalismo. No primeiro trimestre de 2014 foram danificados por atos de vandalismo, em média, 10% dos 37 mil orelhões de Santa Catarina. Em Gaspar, são 297 orelhões. Do total de orelhões, os defeitos apresentados são principalmente em leitora de cartões, monofones e teclado, e 20% são em virtude de atos de vandalismo, além das pichações e colagem indevida de propagandas nos aparelhos e nas folhas de instrução de uso, prejudicando o entendimento das orientações pelos usuários.

Edição 1576
 

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