Ônibus circulam com apenas 20% da frota nesta terça-feira
Caso se confirme a ameaça de greve feita pelo Sindicato de Empregados nas Empresas Permissionárias do Transporte Coletivo Urbano, a empresa Auto Viação do Vale terá apenas 20% da frota circulando pela cidade durante esta terça-feira. A única exceção será nos horários de maior movimento, quando a empresa poderá contar com apenas 50% da frota.
Na última semana, o prazo de 72 horas estabelecido pelo Sindicato para que a empresa apresentasse uma proposta sobre o reajuste salarial da categoria chegou ao fim e o presidente da entidade, Ari Gerner, explica que apesar da promessa de greve, a maioria dos ônibus circulou normalmente na sexta-feira, pois a intenção da entidade não é prejudicar a comunidade, mas sim lutar por justiça. "Não era isso que queríamos, mas se for necessário vamos fazer a paralisação", acrescenta.
Apesar da movimentação sindical, o Departamento de Transporte Coletivo garantiu que o serviço será mantido nos horários de maior fluxo de passageiros. A tabela completa com os horários estabelecidos para a próxima semana está disponível para download. Para acessar o documento basta clicar aqui.
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Sindicato deflagra greve do Transporte Coletivo
Os ônibus da Auto Viação do Vale podem parar de circular a qualquer momento a partir de hoje. A greve foi confirmada no início da noite desta quinta-feira, 3, quando expirou o prazo de 72 horas estabelecido pelo Sindicato de Empregados nas Empresas Permissionárias do Transporte Coletivo Urbano para que a empresa Auto Viação do Vale apresentasse uma nova proposta sobre o reajuste salarial da categoria.
Os responsáveis pela empresa foram procurados pela equipe de reportagem do Jornal Cruzeiro do Vale, mas estavam reunidos para definir a questão e não puderam dar entrevista.
Ari Gerner, presidente do Sindicato, revela que o objetivo da categoria não era paralisar os serviços. "Queríamos chegar a um acordo, porém, a empresa não se manifestou sobre o assunto e fomos obrigados a tomar esta decisão. Vamos definir a forma como a greve será realizada na manhã desta sexta-feira. Vamos fazer de tudo para que os prejuízos para a comunidade sejam mínimos", garante.
Apesar da confirmação da greve, até o final da tarde de ontem alguns motoristas ainda estavam em dúvida quanto à adesão na manifestação encabeçada pelo Sindicato. O motorista André Passos, que atua há dois anos na profissão, era um dos indecisos. "Esta é uma empresa muito boa e gosto de trabalhar aqui. O que eu e os outros motoristas queremos é que as partes cheguem a um acordo, seja ele qual for", justifica. Ari revela que dos 41 motoristas ligados à empresa, 32 participaram da Assembleia e votaram pela realização da paralisação dos serviços.
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O anúncio sobre a greve foi feito através de um edital de convocação, publicado na edição desta terça-feira do Jornal Cruzeiro do Vale após uma assembleia realizada no último sábado, 29, com os trabalhadores. No documento, o Sindicato estabeleceu um prazo de 72 horas para que a empresa se manifestasse com uma proposta de reajuste salarial.
O presidente do Sindicato revela que durante o período os sindicalistas não receberam nenhum comunicado por parte da empresa e por isso optaram pela paralisação. "Esperamos quatros meses para ver uma proposta e até agora nada. Tentamos marcar reuniões diversas vezes, mas sempre ficamos sem resposta. Os trabalhadores já estão revoltados com o descaso e a greve é nossa última saída", conta.
Além do reajuste, questões relacionadas à jornada de trabalho e ao acúmulo de serviço estão dentre as reivindicações dos trabalhadores. "Os funcionários não tem um banheiro no terminal e também não recebem vale alimentação. Não estamos pedindo nada demais. Queremos apenas lutar por nossos direitos", acrescenta Ari.
Interdito
Como forma de tentar impedir a greve ameaçada pelo Sindicato, o procurador do município, Mário Mesquita, entrou com um pedido de Interdito Proibitório para evitar que os trabalhadores pratiquem qualquer ato contra ordem pública.
Para Ari, o interdito não irá influenciar na paralisação, pois serviria apenas se os grevistas impedissem o tráfego nas imediações do terminal de ônibus e esta não é a intenção dos manifestantes.
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