Mulher e adolescente são espancados em Ilhota - Jornal Cruzeiro do Vale

Mulher e adolescente são espancados em Ilhota

07/10/2022
Mulher e adolescente são espancados em Ilhota

Um homem está sendo acusado de ter espancado uma mulher e um adolescente em Ilhota. O caso foi registrado na noite de 30 de setembro, na Estrada Geral do Baú, e durou, segundo a vítima, cerca de uma hora e meia.

Versão da mulher

Marilin Moreira dos Santos tem 46 anos, mora no Alto Baú e trabalha como psicóloga da Saúde em Ilhota e agente de educação especial efetiva em Navegantes. Ela conta que na sexta-feira, dia 30, por volta das 20h, buscou na escola a filha que havia acabado de retornar de um passeio de formatura. “Pouco depois, a amiga da minha filha mandou uma mensagem dizendo que a mãe tinha lhe colocado para fora de casa. Eu pedi para que minha filha falasse para ela ter calma e que tentasse entrar em acordo com a mãe. Depois, a guria falou que estava na rua e que ia se matar. Então pedi para ela me esperar que eu iria lá conversar com ela”, detalha.

Marilin conta que encontrou a menina sentada no chão do ponto de ônibus. “Ela imediatamente entrou no meu carro, estava com frio. Liguei o carro e avistei duas mulheres vindo. A adolescente falou que uma era sua mãe. Fui a pé ao encontro dela, falei que era psicóloga e que estava lá porque a filha dela estava nervosa. A mãe começou a brigar, me xingar e dar de dedo na minha cara. Não fiz nada. Fiquei ao lado do carro pedindo para ela parar de puxar a filha. Após, vieram dois homens”.

Foi neste momento que, segundo Marilin, as agressões começaram. “Não consegui me defender. Meu filho de 17 anos estava junto e apanhou com um pedaço de pau. Eles levaram a chave do meu carro, não conseguia sair de lá. Depois da segunda sessão de espancamento eles entregaram a chave e mandaram eu sair de lá. Disseram que se me vissem de novo iriam na minha casa matar todo mundo”, descreve.

O acusado de espancar mãe e filho é um policial militar que atua em Ilhota e que não estava de serviço no momento em que tudo aconteceu. “Nunca passei por uma situação dessa antes. Não estou trabalhando porque recebi atestado. Minha filha não está indo à aula porque a escola é ao lado da casa do agressor. Meu filho tem pesadelos quando consegue dormir e não está indo à escola porque tem episódios de choro”.

Ferimentos

No momento em que chegou em casa, o marido de Marilin levou ela e o filho para o hospital, onde ela passou a noite. A Polícia Militar de Navegantes foi até lá e registrou a ocorrência. Ela também registrou um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil de Itajaí e fez o exame de corpo de delito.

Marilin teve diversas escoriações pelo corpo e não consegue falar direito devido ao inchaço da boca. Os ferimentos de seu filho incluem um corte no rosto.

Sindicância apura caso

O caso já chegou ao conhecimento da Polícia Militar, que determinou a abertura de uma sindicância para apurar a situação. “Ela tem o prazo de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30. Dentro da sindicância serão tomados os depoimentos e colhidas as informações necessárias para ter uma opinião sobre o que aconteceu. Ainda não foram tomados depoimentos formais do policial e da outra parte, mas até onde se sabe as versões são contraditórias. O policial não confirma o que a mulher teria dito”, diz o comandante da PM, tenente Alex Matias Souza.

 

 

Edição 2075
 

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