Os ônibus que circulam pelo município não sairão da garagem e a comunidade ficará sem o serviço de transporte coletivo nesta sexta-feira, 4, caso o Sindicato de Empregados nas Empresas Permissionárias do Transporte Coletivo Urbano, Sindetranscol, e a empresa Auto Viação do Vale não cheguem a um acordo nas próximas 72 horas.
O edital de convocação à greve foi publicado na edição desta terça-feira do Jornal Cruzeiro do Vale após uma assembleia realizada no último sábado, 29, com os trabalhadores. O presidente do Sindicato, Ari Gerner, revela que o objetivo da entidade não é fazer a greve, mas lutar por seus direitos. "Os trabalhadores já estão revoltados com o descaso e a greve é nossa última saída", conta.
Ari explica que mais de três reuniões já foram feitas no Ministério do Trabalho, em Blumenau, e que nenhuma proposta foi feita até o momento. Se a empresa apresentar um posicionamento até esta quinta-feira, será convocada uma assembleia em regime de urgência para debater o assunto e a paralisação poderá ser evitada.
O representante da Auto Viação do Vale e chefe de Manutenção, Bruno Nunes Correa, ressaltou que até a tarde de ontem, segunda-feira, a empresa ainda não havia recebido nenhum comunicado sobre o posicionamento do Sindicato. "Conversamos com eles no último sábado e eles falaram que iriam aguardar até dia 7. Não há como garantir que haverá uma proposta esta semana", acrescenta.
Como forma de tentar impedir a greve ameaçada pelo Sindicato, o procurador do município, Mario Mesquita, entrou com um pedido de Interdito Proibitório para evitar que os trabalhadores pratiquem qualquer ato contra ordem pública. Para Ari, o interdito não irá influenciar na paralisação, pois serviria apenas se os grevistas impedissem o tráfego nas imediações do terminal de ônibus Norberto Willy Schossland, no bairro Coloninha, e esta não é a intenção dos manifestantes.
ENTENDA O CASO
O impasse entre o Sindicato de Empregados nas Empresas Permissionárias do Transporte Coletivo Urbano e a empresa Auto Viação do Vale teve início este mês e dentre as principais reclamações da categoria estão o reajuste salarial, que deveria ter sido repassado no mês de maio e questões relacionadas à jornada de trabalho e ao acúmulo de serviço.
A primeira manifestação aconteceu dia 14, quando motoristas e outros manifestantes se reuniram em frente ao terminal de ônibus, no bairro Coloninha, para atrair a atenção da direção da empresa. Ainda não existe previsão para que novas reuniões entre as partes sejam agendadas.
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