Motoristas ameaçam paralisar ônibus se não houver acordo - Jornal Cruzeiro do Vale

Motoristas ameaçam paralisar ônibus se não houver acordo

18/08/2009

Os gasparenses poderão ficar sem o serviço de transporte coletivo nos próximos dias caso o Sindicato dos Motoristas de Gaspar e Blumenau e a empresa Auto Viação do Vale não cheguem a um acordo.
Na última sexta-feira, 14, motoristas e outros manifestantes, dentre eles membros do Movimento dos Sem Terra, MST, se reuniram em frente ao terminal de ônibus Norberto Willy Schossland, no bairro Coloninha, para atrair a atenção da empresa para questões salariais e de infraestrutura.
O presidente do Sindicato, Ari Gerner, revela que a principal reclamação dos trabalhadores é com relação ao reajuste salarial, que deveria ter sido repassado no mês de maio.
Ele ressalta que já se passaram três meses sem nenhum posicionamento da empresa e que se for necessário os motoristas irão fechar o terminal e fazer uma paralisação. "Tentamos nos reunir com a empresa para definir o reajuste e esta foi a quinta vez que ficamos sem resposta. Além disso não temos um banheiro no terminal e nem recebemos vale alimentação. Queremos melhores condições para trabalhar", acrescenta.
Outra questão levantada pelos manifestantes foi com relação à jornada de trabalho e ao acúmulo de serviço, pois em Gaspar não há cobradores dentro dos ônibus e os motoristas precisam desempenhar as duas funções. "Em Brusque, por exemplo, os motoristas recebem a mais para fazer os dois serviços. Queremos simplesmente ser remunerados com justiça", explica Ari.
O representante da Auto Viação do Vale e chefe de Manutenção, Bruno Nunes Correa, conta que esta semana deverá se encontrar com membros do Sindicato para encontrar uma solução para o impasse. "Está tudo em negociação ainda. Quando fomos a Florianópolis discutir o assunto eles apareceram com uma lista com mais de 56 pedidos e não conseguimos tratar todos os tópicos porque não havia tempo hábil para isso. Dentre os assuntos em pauta estava o reajuste salarial", esclarece.
Bruno revela que um dia antes da manifestação a empresa fez uma proposta para chegar a um acordo, mas não obteve retorno e deverá retomar a conversa em breve para solucionar o impasse.

MANIFESTAÇÃO
Com discursos inflamados proferidos em um sistema de som improvisado, cerca de 40 manifestantes participaram do protesto pacífico em frente ao terminal de ônibus. Com a bandeira do Brasil esticada, motoristas e representantes de outras categorias cantaram o hino nacional e pediram por justiça.
A Polícia Militar esteve no local para evitar que a situação saísse do controle e foi alvo de protestos de alguns dos manifestantes, que declararam que "sem polícia não dá graça".

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