Há cerca de dois anos, Eliseth Groner, moradora do bairro Sertão Verde, em Gaspar, recebeu em seu endereço um embrulho com sete pacotes de sementes variadas (foto). Apesar de achar a situação estranha, principalmente pelo fato de não ter comprado nada deste tipo, ela não deu atenção à situação e guardou as sementes no fundo do armário.
Esta semana, quando se deparou com a notícia de que moradores de Santa Catarina estavam recebendo sementes misteriosas vindas da China, o fato acontecido em meados de 2018 voltou à sua mente.
Eliseth conta que o pacote que chegou na sua casa continha seu nome completo e endereço. O caso aconteceu dias após ela receber pelo Correio itens de costura que havia comprado pela internet, nos sites AliExpress e Wish. “Recebi um pacote com meus dados completos. Quando chegou, até achei estranho, porque já tinha recebido tudo o que havia comprado pela internet. Lembro que o embrulho tinha informações que davam a entender que era da China”.
Dentro do embrulho, Eliseth recebeu sete pequenos pacotes com sementes de diversos tipos. Ela não plantou nem jogou fora: guardou dentro de um armário. “Por coincidência, há uns dias fui procurar algo e me deparei com esses pacotes de sementes. E agora, quando vi a notícia de que mais pessoas estão recebendo sementes estranhas vindas da China, fiquei muito assustada. Vou entregar essas que recebi na Secretaria de Agricultura para que sejam analisadas”, garante.
Alguns moradores de Santa Catarina estão recebendo em seus endereços embrulhos contendo sementes. A entrega acontece via Correio, geralmente junto de compras realizadas pela internet. Os pacotes chegam às casas com a descrição de “joias”. Porém, ao abrir, o consumidor se depara com sementes estranhas.
O primeiro caso foi registrado em Jaraguá do Sul. Porém, a situação se repete na Europa e Estados Unidos.
A recomendação da Cidasc é de que as sementes não sejam semeadas nem jogadas no lixo. Isso porque elas podem estar contaminadas e disseminar pragas e doenças, causando grandes prejuízos econômicos e ambientais.
A situação ainda é investigada. Não se sabe se trata-se de uma brincadeira ou de um ato de bioterrorismo.
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