Uma televisão, um porteiro eletrônico e um monitor de computador foram alguns dos itens perdidos por Antonio Carlos Pereira durante o último apagão elétrico registrado nas imediações da rua Augusto Becker, no bairro Margem Esquerda. Desde que passou a residir na via, há 27 anos, o morador convive com problemas no serviço prestado pela Celesc e com os constantes alagamentos registrados na região.
Na manhã de sexta-feira, 31 de julho, Antonio entrou em contato com a autarquia para solicitar o reembolso dos estragos, mas não obteve sucesso e garante que irá entrar com uma ação popular contra a entidade. "Vou mandar arrumar meus equipamentos por conta própria porque não posso ficar esperando por uma resposta deles", avalia.
Lucia Pontecelli, que reside há 16 anos na área, confirma o problema. Ela acrescenta que em um dos apagões, que acontecem cerca de duas vezes por mês, uma das lâmpadas de sua casa estourou e soltou faíscas por todos os lados. "Parecia que estava chovendo fogo. Sem falar das vezes que já vi pegar fogo no fio do poste. É uma situação muito perigosa", ressalta.
Na maioria das vezes, conta a moradora, o problema dura horas e o abastecimento de energia elétrica retorna somente na madrugada.
A responsável por uma das facções da região, Tânia Regina Schramm, revela que precisa ser rápida quando percebe que as luzes começam a piscar. Ela percorrer todo seu local de trabalho para desligar os disjuntores e evitar que as máquinas queimem devido à oscilação da eletricidade.
Tânia mora há 12 anos na localidade e já contabilizou prejuízos devido ao problema. "Já perdi as contas de quantas lâmpadas tive que trocar. Também já perdi geladeiras e outros eletrodomésticos em minha casa", lamenta.
A equipe de reportagens do Jornal Cruzeiro do Vale tentou entrar em contato com a Celesc na tarde desta sexta-feira, mas não obteve retorno.
Alagamentos preocupam a comunidadeQuando o céu está nublado e as primeiras gotas de chuva começam a cair, a moradora do bairro Margem Esquerda, Denise Schramm, já se preparar para contabilizar o prejuízo. Os alagamentos na rua Augusto Becker são constantes e em dias de chuva praticamente não há clientes em seu bazar.
O estabelecimento existe há cerca de 10 anos e basta uma chuva um pouco mais forte para que as imediações do local acumulem água. "Quando há chuva muita intensa as crianças passam com água até o joelho. Os clientes reclamam bastante dessa situação", conta.
Terezinha Franzói, que também reside na região, acrescenta que os principais problema são as bocas-de-lobo e os buracos da rua. "Tem um buraco grande atrás da creche. É um perigo para as crianças. Não queremos obras faraônicas aqui no bairro, pois sabemos que elas demoram muito para acontecer, mas se resolverem os problemas essenciais já poderemos ficar mais tranquilos", avalia.
O secretário de Obras, Joel Reinert, explica que devido às fortes chuvas que caíram desde quinta-feira à noite o problema foi registrado em diversos pontos da cidade. "Recebemos chamadas de diferentes bairros e estamos verificando todas as situações. Esta semana deveremos fazer alguma intervenção no local e tentar solucionar esta questão para a comunidade", esclarece.
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