Uma briga na saída da escola fez Rosemary Cruz, 48 anos, mãe da estudante envolvida, questionar a segurança da instituição de ensino. A discussão aconteceu no final da tarde do dia 17 de abril, quando uma aluna de 14 anos da Escola de Educação Básica Ivo D?Aquino, no bairro Coloninha, voltava para casa. Segundo informações da mãe, uma mulher com mais de 30 anos estava à espera da adolescente em frente ao portão da escola, onde começou a briga. A menina de 14 anos foi atingida com um tapa no rosto e puxões de cabelo.
Conforme explica Rosemary, a briga foi motivada por um desentendimento que começou por uma rede social. A mulher envolvida na discussão seria mãe de dois alunos da escola. Segundo a mãe da adolescente, a equipe da unidade de ensino não entrou em contato com a família para avisar sobre o ocorrido. ?Isso me deixou muito chateada, porque foi em frente à escola. E se acontecer de novo? Como vou ficar sabendo??, questiona.
A filha não chegou a contar para a mãe, já que ela estava viajando. Rosemary ficou sabendo por um sobrinho, que tinha visto um vídeo que algumas pessoas que presenciaram a briga gravaram. ?Já registrei um boletim de ocorrência e também estou entrando em contato com o Conselho Tutelar. Minha filha agora está indo para a escola com medo?, afirma.
Contraponto
Procurada pela reportagem, a diretora da Escola Ivo D?Aquino, Jandira Alves de Lima Basei, ressalta que, a partir do momento em que os estudantes deixam o educandário, é responsabilidade dos pais garantir a sua segurança. ?Eu, como diretora, não posso me envolver em discussões que não acontecem dentro da escola. Os pais precisam estar mais atentos e buscar o filho na escola?, destaca.
Sobre o caso, Jandira conta que a estudante de 14 anos foi chamada para conversar após a briga e que, durante a conversa, perguntou se ela tinha conversado com a família sobre o assunto e tentou orientá-la. A menina afirmou que falou apenas com a avó, já que a mãe estava viajando. ?No dia seguinte, eu ia entrar em contato com a mãe, mas ela acabou me ligando primeiro. Marcamos e conversamos sobre o assunto. Não vou me omitir quando há algum problema na escola, mas isso ocorreu fora do nosso portão e, na parte que compete à educação, não temos muito a fazer?, ressalta a diretora. Mesmo não sendo de responsabilidade da equipe escolar, casos como esses vêm preocupando Jandira, que até já mandou ofícios ao Ministério Público e à policia pedindo soluções.
Edição 1683
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