Aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos, móveis velhos, restos de material para construção e lixo, muito lixo, compõem o cenário da rua Madre Paulina, no bairro Sete de Setembro. O depósito irregular começou a se formar em meados de 2009 e ganhou grandes proporções no início deste ano, quando pessoas da comunidade despejaram diversos aparelhos eletrônicos velhos no local.
A moradora Maria Terezinha Dias conta que caminha pelo local e observa o monte de entulhos crescer a cada dia. "Acho uma falta de educação das pessoas e muita falta de consciência com o meio ambiente. Aquilo é um terreno e não um local de despejar entulhos. As pessoas precisam ser mais conscientes e cuidar da nossa cidade. até animais mortos estão jogando por ali", comenta a moradora do bairro.
O mesmo alerta faz o diretor do Samae, Lovídio Bertoldi. A autarquia é responsável pela coleta do lixo na cidade e segundo Lovídio não é responsabilidade do Samae dar fim aos entulhos. "Cada pessoa é responsável em dar o destino correto. Neste caso deveriam chamar o leva entulho", explica Lovídio.
A rua Madre Paulina possui poucas moradias, e os entulhos são despejados geralmente a noite, quando não há muito movimento de veículos e pessoas pelo local. Como não há fiscalização, a comunidade aproveita para se livrar dos entulhos sem precisar pagar. "Já estamos cientes de caso e vamos tentar identificar os responsáveis, caso não seja possível, vamos pedir que a empresa que recolhe o lixo seletivo faça a coleta de forma gratuita, pois não temos recursos para fazer este tipo de serviço", justifica o diretor do Samae.
Malhas
Enquanto no bairro Sete o problema são os entulhos, na Margem Esquerda são os restos de malhas que compõem o péssimo cartão postal da cidade.
Desde que os restos de malha deixaram de ser recolhidos pela empresa que coleta o lixo orgânico, malheiros e faccionistas têm que pagar para que seu material tenha o destino final correto.
Para se livrar do pagamento, muitos despejam os restos de malha em locais isolados, como é o caso da rua Pedro Simon, no bairro Margem Esquerda, onde centenas de quilos de malha estão despejados às margens da BR-470. "A malha está dos dois lados da rua, bem às margens da BR-470. Quem passa pela BR pode ver com clareza a vergonha que é para a cidade aquela quantidade de lixo espalhado pelo chão", comenta a gasparense Adriana Soares.
O diretor do Samae, Lovídio Bertoldi revela que já conhece a situação e que, inclusive, identificou a confecção responsável pelo lixo. "Entramos em contato com os responsáveis, que assumiram o compromisso de retirar o material até a próxima semana. Caso a limpeza não seja feita, teremos que pedir mais um favor à empresa coletora do lixo seletivo", explica Lovídio.
Serviço:
As empresas de malhas, facções e confecções que não sabem o que fazer com os restos de malha produzidos em suas fábricas devem entrar em contato com a empresa Momento Engenharia, que está fazendo o serviço de coleta na cidade. O telefone para contato com a empresa é 3378-1414.
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).