____________________________ Samae espara definir local para depositar o lixo até sexta-feira O lixo orgânico de Gaspar já tem destino certo. A empresa Recicle apresentou a menor proposta para o Contrato Emergencial elaborado pelo Samae e passa a receber o lixo dos gasparenses a partir deste sábado, 8.
A empresa de Brusque ofereceu os serviços pelo valor de R$109 a tonelada e será a responsável pelo destino final e tratamento do lixo orgânico produzido na cidade, que continuará a ser recolhido e transportado pela Say Muller, vencedora da licitação elaborada pelo Samae no início deste ano.
O Contrato Emergencial foi assinado pelo prazo de 180 dias e neste período o Samae espera finalizar a licitação que contratará um aterro definitivo para o lixo da cidade. ?Já estávamos trabalhando nesta licitação e acredito que iremos finalizá-la dentro de 15 ou 20 dias. Assim que a empresa oficial for definida o contrato emergencial assinado com a Recicle será rompido?, explica Lovídio Bertoldi, diretor presidente do Samae.
A empresa Recicle era a responsável por todo o serviço de coleta, transporte e destino final do lixo de Gaspar até meados de 2009, quando o Samae iniciou o processo de abertura de licitação para contratar nova empresa para o serviço, pois a Recicle pedia um reajuste considerado muito elevado pelos dirigentes da autarquia.
O Samae espera encontrar um novo local para depositar o lixo orgânico produzido em Gaspar até esta sexta-feira, 7, quando termina o prazo para que a cidade deposite o lixo no aterro do Consórcio da Ammvi, localizado na cidade de Timbó.
Lovídio Bertoldi, diretor do Samae, explica que a autarquia enviou proposta para mais de dez empresas que possuem aterro sanitário no estado de Santa Catarina. ?Vamos esperar o retorno destas propostas e a empresa que oferecer o melhor preço será contratada em caráter emergencial e irá operar até que a licitação para contratação oficial de um aterro seja finalizada?, explica.
A procura por um novo espaço para depositar o lixo orgânico de Gaspar teve início na semana passada, quando terminou o contrato com o Consórcio da Ammvi, que anunciou que Gaspar não poderia mais depositar seu lixo no aterro que pertence ao consórcio pois estaria reduzindo o tempo de vida útil do local. ?Nós havíamos acordado que Gaspar utilizaria o aterro da Ammvi até o final do ano, por isso não estávamos preocupados em procurar um novo local antes de elaborar a licitação. Mas os dirigentes não cumpriram com a palavra, agora vamos em busca de uma solução?, justifica o diretor do Samae.
A expectativa do Samae é de manter os valores pagos até então para o transporte e destino final do lixo, que custam à autarquia R$ 95 por tonelada.
Redução
Apesar do novo impasse, Lovídio comemora a redução na produção do lixo orgânico na cidade, que estava em torno de 1089 toneladas e no mês de abril caiu para 1014 toneladas. ?Quanto menos lixo produzirmos menor será a despesa com a coleta, transporte e destino final deste material?, lembra o diretor do Samae.
O valor pago pela coleta e transporte do material também sofreu uma redução com o término da licitação para a contratação de empresa para o serviço e o Samae passou a pagar R$107 pela tonelada coletada e transportada, R$9 a menos do que pagava durante o contrato emergencial.
Entenda o caso
A polêmica em torno da coleta, transporte e destino final do lixo orgânico de Gaspar teve início em meados de 2009, quando o Samae decidiu contratar nova empresa para executar o serviço, pois a que era responsável exigia um reajuste considerado alto demais pelos dirigentes da autarquia.
Ao invés de contratar uma empresa para executar todo o serviço, o Samae precisou contratar uma empresa para a coleta e transporte do lixo e outra para o destino final. A primeira licitação foi encerrada no início de abril, e teve como vencedora a empresa Say Muller. No momento o Samae trabalha na elaboração da licitação para contratar uma empresa para o destino final do lixo, ou seja, um aterro. Enquanto a licitação não é concluída, o Samae pretendia depositar o lixo da cidade no aterro da Ammvi, porém, como está impedido, precisará contratar uma empresa em caráter emergencial para fazer o serviço. Negociação que deve se concretizar até o final desta semana.
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O município de Gaspar tem uma semana para conseguir um novo local para depositar todo o lixo orgânico que é produzido na cidade. O prazo foi definido no final da tarde desta quinta-feira, 29, durante assembleia realizada na sede da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí, Ammvi.
Atualmente, todo o lixo orgânico é recolhido pela empresa Say Muller e transportado até o aterro do Consórcio da Ammvi, que fica na cidade de Timbó. O objetivo do Samae, autarquia responsável pela administração da coleta do lixo, era poder ingressar no consórcio e receber autorização para continuar depositando o lixo no aterro de Timbó, porém, conforme explica o secretário executivo do Consórcio, Valter Conrado de Araújo, o local não tem capacidade para receber o lixo do município. ?O tempo de vida útil desde aterro é até 2030 e se oficializássemos o recebimento do lixo de Gaspar este tempo cairia para 2019. Temos um estudo para mudar o sistema de tratamento, para transformar o lixo em energia aproveitável, mas não sabemos quando este projeto ficará pronto e por isso não podemos reduzir o tempo de vida do aterro?, justifica o secretário. Gaspar vinha depositando o lixo no local através de um contrato emergencial.
Segundo Valter, o contrato foi assinado em meados do ano passado, quando Gaspar começou a licitação para contratar empresa para prestar o serviço de coleta do lixo. ?O prazo inicial era de seis meses, depois estendemos para mais 45 dias?, explica.
O prazo de 45 dias venceria hoje, 30 de abril. O diretor do Samae, Lovídio Carlos Bertoldi, e o prefeito Pedro Celso Zuchi, participaram da assembleia e pediram um prazo de mais 90 dias, porém a Ammvi deu o prazo de uma semana para que Gaspar encontre outro local para depositar o lixo orgânico.
Lovídio foi procurado pela equipe de reportagem do Cruzeiro do Vale para falar sobre o assunto no final da tarde desta quinta-feira, mas não atendeu ao telefone celular.
Entenda o caso
Em meados de 2009 Gaspar abriu licitação para contratar empresa para coleta e transporte do lixo orgânico da cidade. A medida se fez necessária mediante o alto preço que a empresa então responsável pelo serviço pedia ao Samae. A licitação enfrentou uma série de dificuldades e só foi finalizada no início deste mês de abril, quando a empresa Say Muller saiu vencedora. Neste período, a mesma empresa vinha operando na cidade através de um Contrato Emergencial e todo o lixo estava sendo transportado até o aterro de Timbó, onde era tratado.
Agora, sem poder ser inserido no Consórcio da Ammvi, o município precisa fazer novo edital para contratar um aterro sanitário para depositar o lixo orgânico da cidade.
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