Linha de frente: os desafios dos trabalhadores de Gaspar na área da saúde - Jornal Cruzeiro do Vale

Gaspar, assim como o restante do mundo, enfrenta um dos momentos mais difíceis de sua história. O combate ao Coronavírus – Covid 19 mudou muito mais que a simples rotina do dia a dia. Situações que até então eram corriqueiras, como abraçar um amigo ou receber uma visita, hoje precisam ser repensadas para preservar a saúde da população.

O Hospital de Gaspar tem um papel muito importante neste combate. Não somente pelos 10 novos leitos de UTI, mas, principalmente, pela atuação dos profissionais que salvam vidas diariamente.

Estes trabalhadores não pediram para serem heróis, mas sabem que são a última esperança para aqueles que chegam ao hospital. Com rotinas desgastantes, tanto fisica quanto psicologicamente, médicos, técnicos de enfermagem, enfermeiros e demais profissionais possuem papel importante e devem sim receber a admiração de todos. Mas, só isso não basta, como afirma Claudio Marmentini, diretor administrativo do Hospital de Gaspar. “Estes profissionais, que são a linha de frente no combate, estão se doando totalmente, enfrentando o risco de contaminação, a distância da família e muitas outras situações que acontecem dentro do hospital para salvar vidas. Hoje, fica claro que, se não houver a participação de todos, será difícil vencer essa luta apenas com a atuação dos profissionais da saúde”.

O esforço para vencer essa luta desigual tem gerado algumas baixas. Parte da equipe de médicos, técnicos e enfermeiros precisou se afastar do trabalho exatamente por ter sido contaminada pelo coronavírus. “Ainda que haja equipamentos de proteção para todos, o novo vírus tem um poder de contaminação muito elevado, como vimos nas últimas semanas. Nosso esforço não é somente para salvar vidas, também é para preservar a saúde dos nossos funcionários”, reforça Marmentini.

O reconhecimento do esforço destes profissionais é importante e justo. Porém, mais que homenagear, a melhor forma de agradecimento que eles desejam é que todos cumpram o seu papel no combate à pandemia. “Precisamos que as pessoas compreendam que não adianta apenas aplaudir. Precisamos que todos sigam as orientações de saúde. Que evitem sair de casa caso não haja necessidade, que usem máscara e higienizem as mãos e, principalmente, que não façam festas ou aglomerações para que possamos diminuir a taxa de contaminação e diminuir a demanda de atendimentos que hoje chega à quase 100% da força de trabalho do hospital”.

Edição 1962