A defesa do advogado gasparense Kalil Alfredo Raizer, preso em flagrante no dia 27 de janeiro acusado de facilitar a entrada de drogas e aparelhos celulares no Presídio Regional de Blumenau, teve o pedido de prisão domiciliar do acusado negado pelo juiz Ricardo Rafael dos Santos, da Comarca de Blumenau. O pedido foi apresentado no início desta semana e o parecer judicial foi pronunciado na última quarta-feira, 1º de fevereiro.
Em seu despacho o juiz dá ao réu o prazo de dez dias, a contar do dia primeiro, para oferecer defesa prévia, por escrito. ?Oportunidade em que poderá arguir preliminares e invocar todas as razões de defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas que pretende produzir e arrolar até cinco testemunhas, ciente de que a ausência de resposta no prazo antes
referido implicará na nomeação de defensor dativo para fazê-lo, nos termos do art. 55, § 3º, da Lei n. 11.343/06?, afirma o despacho.
Ainda segundo o despacho judicial, ?o pedido de prisão domiciliar trata-se de mera reiteração do pleito formulado às fls. 39/50 e que já foi objeto de análise às fls. 51/52, razão pela qual deixo de examiná-lo em razão da preclusão consumativa?, aponta o juiz.
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Advogado gasparense continua detido
O advogado gasparense Kalil Alfredo Raizer, 36, continua detido no Presídio Regional de Blumenau, para onde foi levado após ser flagrado distribuindo drogas e celulares para detentos do presídio, na última sexta-feira, 27.
Kalil atendia vários clientes no presídio da cidade vizinha e foi flagrado após investigação dos policiais do Departamento de Investigações Criminais, Deic, de Blumenau. Segundo o delegado Fábio Osório, responsável pelo caso, Kalil teria entregue grande quantidade de maconha aos detentos que eram seus clientes e saía do presídio com três aparelhos celulares escondidos na cueca e nas meias quando foi flagrado pelos policiais. ?Este foi o primeiro caso de advogado detido por levar drogas ao presídio registrado nos últimos anos. Ele foi autuado em flagrante pelos artigos 33 da Lei de Entorpecentes e 349 do Código Penal?, afirma o delegado. A prisão foi acompanhada por um representante da OAB de Blumenau.
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