Jornalista do Cruzeiro se veste de andarilho e relata experiência - Jornal Cruzeiro do Vale

Jornalista do Cruzeiro se veste de andarilho e relata experiência

03/01/2014

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Por Jean Laurindo

Era início da tarde quando saí da redação do Jornal Cruzeiro do Vale para percorrer o Centro de Gaspar. As roupas velhas, os braços sujos, rosto e cabelos envelhecidos com o auxílio de uma maquiadora. Na cabeça um chapéu que cobria parte da face e nas mãos um saco plástico com alguns pertences. O figurino até mesmo caricato deixou-me mais próximo da imagem de andarilhos que percorrem as cidades do Vale do Itajaí. A intenção era fazer algumas abordagens e saber o quão alto fala a solidariedade das pessoas poucos dias antes do Natal.

Depois de um giro rápido na Praça Getúlio Vargas, resolvi testar o disfarce com quem mais conhece esse estilo de vida, justamente alguns andarilhos que descansavam no Coreto Municipal. O grupo, de São Paulo, está há oito meses em Gaspar e considera a cidade boa para viver. ?É só não roubar e não incomodar que ninguém reclama?, orientou-me um deles, que ainda se preocupou em saber se eu já havia almoçado. Na saída, ia esquecendo minha garrafa com cachaça cenográfica quando fui alertado amigavelmente pelos trecheiros.

Segui pelas calçadas percebendo que a maioria preferia não me notar. Nos primeiros minutos, a autoestima, de tão baixa, impede de encarar qualquer um nos olhos. Passei batido até por conhecidos, reforçando na prática o conceito da invisibilidade social. Após pedir algumas moedas a pedestres, sem sucesso, abordei motoristas em semáforos da Avenida das Comunidades. O vidro fechado em função do ar-condicionado é também uma barreira. Tudo que consegui foram poucos centavos de dois motoristas mais receptivos.

De volta às ruas, após passar sem ser incomodado pelo prédio da Secretaria de Desenvolvimento Social, abordei mais alguns pedestres e atendentes de lojas em busca de ajuda para comprar um pão, dizia eu. A maioria, é verdade, nega. Às vezes mais por medo da abordagem do que por convicção. O caso mais marcante foi o de um homem carregado de presentes, todos embrulhados em belos papéis, que sequer desviou o olhar para dizer não. Uma mostra de como o espírito do Natal pode ser distorcido pela sociedade de consumo.

Mas uma parcela significativa, que precisa ser reconhecida, deixa o receio de lado e resolve ajudar. Esses gestos, por mais questionados que possam ser por analistas sociais, valem muito para quem pede e precisa. Assim como a comida tem outro sabor quando se tem fome, as moedas têm um valor muito maior quando se depende delas.

Onde o trabalho não tem vez

img7472GG.jpgPor toda a complexidade envolvida, pedir doações em dinheiro não foi o foco principal. Os R$ 4,95 que consegui repassei no mesmo dia a um catador que encontrei na volta para casa. Em estabelecimentos como lanchonetes e postos de gasolina, aproveitamos para saber como as pessoas à margem da sociedade são tratadas quando precisam de alguma ajuda. Inspirado até mesmo na Bíblia, pedi um pedaço de pão e água. Em dois locais, fui atendido com educação e recebi um copo de água. Da torneira, mas suficiente para amenizar o calor. Em outros, nem isso. ?Essa hora não. A chefia não quer?, ouvi.
Coloquei-me à disposição para ajudar uma equipe que instalava luminárias e, em uma oficina mecânica, ofereci-me para trabalhar em troca de alguns trocados. Diante das recusas, perguntei se alguém conhecia um lugar onde eu poderia ser útil, mas nada adiantou. Na estrada, um morador chegou a sugerir que eu procurasse a Prefeitura. Por fim, recorri à atividade que toma conta das grandes cidades e me ofereci para cuidar de carros estacionados em uma área pública. Ali pude notar mais assertividade dos motoristas. Fui tratado com educação, recebi alguns reais. Mas saí com a impressão de que, em condições normais, seria difícil me superar e conseguir ganhar dinheiro dignamente sem a intervenção de alguém.

Camaradagem de estrada

img7167GG.jpgNa adolescência sempre enxerguei com simpatia o estilo de vida de hippies e nômades. A geração beat dos anos 1950 e toda a ideologia citada por autores como Jack Kerouac eram vistas com uma dose bondosa de romantismo, que enfraqueceu da mesma forma que a rebeldia e outros traços da juventude. Ao incorporar um andarilho para avaliar a reação de nossos moradores para o Jornal Cruzeiro do Vale, pude resgatar parte desta percepção. Enquanto fazia abordagens na região central da cidade, reencontrei dois dos andarilhos com quem havia conversado no início de minha andança. Enquanto eu pedia, eles coletavam materiais recicláveis, que vendidos a R$ 0,80 o quilo garantem um dinheirinho para se manter nas ruas. Questionado sobre por que eu estava ali, inventei uma desilusão amorosa e disse que vinha de Ijuí (RS), a primeira cidade que me veio à cabeça. Vendo minha situação, um deles tentou me motivar a virar o jogo. Deu conselhos, sugeriu que eu tomasse um banho, ofereceu uma roupa limpa e até um corte de barba e cabelo para seguir na estrada. ?Do jeito que você tá ninguém vai te dar nada. Eu te ajudo, ?vamo? lá. És um cara novo...?, instigou-me Ingo, o que mais pareceu se convencer do meu disfarce. Assim, do início ao fim, pude perceber que a maior ajuda costuma vir mesmo é de quem está numa situação igual ou pior à sua.


(OBS: As fotografias foram feitas com uma lente de longa distância pelo fotógrafo do jornal, Jessé de Almeida).

 
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EDIÇÃO ESPECIAL DE NATAL 2013.

Comentários

Luis Escarvin
07/01/2014 22:15
Olá,

Eu comecei a escrever e apaguei umas 949032940 vezes até perceber que eu não ia conseguir expressar o que eu senti lendo esta matéria. Cara, isso foi simplesmente demais!

Tenho uns amigos que têm um site Hypeness.com.br
eles vivem buscando na internet coisas que possam inspirar as pessoas.

Mandei este link para eles. Em breve, creio que a matéria será publicada lá...

P.S: Não precisam postar este comentário já que eu não falei nada com nada mesmo.
Andréia Symone Zimmermann Nagel
06/01/2014 08:53
Parabéns Jean pela criatividade e pela coragem, não deve ter sido fácil vivenciar essa situação mesmo que por algumas horas, imagina quem vive assim diariamente, até pode ser por opção mas acredito também que por falta de incentivo, por falta de oportunidade e principalmente por falta de família. As famílias estão desestruturadas e as consequências são muitas e as mais diversas possíveis. Você fez um excelente trabalho!
Antônio dos Santos
05/01/2014 23:02
Tive uma empresa localizada no segundo piso de um prédio no centro de Itajaí, funcionava até as 22h, assim por várias vezes desci até debaixo da marquise onde os andantes costumavam ficar nos dias de chuva e por muitas vezes tivemos conversas muito interessantes, são pessoas das mais variadas, tanto em conhecimento, classe social, cultura e origem, assim sendo entendo que são pessoas diferentes que formam esta nossa sociedade composta de pessoas diferentes. OU SOMOS IGUAIS?. Recomendo ler ?VENDEDOR DE SONHOS - Augusto Curi?
Elisabeth
03/01/2014 20:04
Penso, que algumas pessoas escolhem viver da maneira mais fácil porque é mais cômodo. Preferem viver de esmolas. Por isso, não sou a favor de dar esmolas, acho assistencialista demais. Acredito sim , que as pessoas mereçam maior oportunidade de trabalho, educação para que as chances de uma vida melhor, sejam iguais pra todas.
E sempre haverão aqueles viverão de esmolas....
Abraço
Elisabeth
valdecir schnaider
02/01/2014 13:46
Aprendi que não devemos ter pena de pessoas nésta situação, a nossa região é rica em empregos e em alguns casos até com alojamento que é o caso do hotel-fazenda e outros., na verdade éssas pessoas são felizes vivendo assim e sabem muito bem que não precisam trabalhar para nada, pois sempre uma boa alma os ajuda.Devemos lembrar que qualquer mudança de vida só depende de nós mesmos e de mais ninguém,DEUS nos dá o sopro da vida o résto é livre arbítrio...
ADEMAR
29/12/2013 22:39
TUDO ISSO É LINDO, MAS OFERECE UM TRABALHO DE CARPIR UM TERENO OU ROÇAR UMA GRAMA POR UM PRATO DE COMIDA, VÊ SE ELES QUEREM!.
adelar
27/12/2013 16:50
gostei muito desta reportagem pior que estas pessoas de rua sao tratadas
com muito despresso pelo que deu pr perceber que vc foi bem mais ajudada
pelos outros andarilho do que a propria sociedade que poderia ajudar
esta na hora da sociedade acordar e ajudar os de poucas condissoes de vida valeu por este ato de verdade
Allan Cunha Santiago
24/12/2013 14:02
Tantas pessoas que hoje se acham alguma coisa, vivem em um mundo que foge da realidade dos demais, apesar de inseridos no mesmo contexto social de todos em Gaspar, pena ter que observar que nossa sociedade é podre, egoísta, hipócrita, todos nós vivemos e compartilhamos de das mesmas ruas e mazelas da cidade.
O que hoje é sorriso amanhã pode ser lágrima......os lugares podem se inverter......temos que cuidar, estamos em mundo cada vez mais individualista e desta forma perdendo a cada dia a humanidade.
Sou de manaus e escolhi Gaspar pra viver e criar minha família, e muitos quando eu digo que sou de manaus já associam a uma vida difícil, Nunca tive vida difícil, vivo muito bem até hoje, tive educação e exemplos familiares e nada disso me diferencia destas pessoas, somos iguais o que determinar o nosso caráter são nossas escolhas eles escolheram viver assim e assim o fazer....vamos respeitar é o mínimo.
Lucimara
23/12/2013 21:52
Excelente sua reportagem, porém foi perda de tempo, acho muito fácil ficar sentado na sombra pedindo o dinheiro das pessoas que trabalham todos os dias para comprar bebidas ou até drogas... Não acho certo só porque é natal todos pensarem que são bonzinhos eles que comecem a trabalhar, igual a todos nós...
marcia
23/12/2013 01:18
Passei por vc em frente do predio onde trabalho, desculpe mais notei que era um falso andarilho, pois os mesmos, e muito dificil ver algum com saco de lixo nas costas, sempre estao de mochilas ou bolsa de viagem, notei que sua roupa estava limpa demais e seu cabelo era falso, comentei com a recepcionista do predio sobre voce, para ela ficar de olho e chamar a policia, me desculpe, mas achei que estava se passando por uma pessoa sem lar para ganhar dinheiro das
. E bom ver como essas pessoas sao tratadas com tanta indiferença.
jean m leandro
22/12/2013 23:26
parabéns jean.em gaspar eu não lembro, de uma reportagem parecida acho eu que foi muito difilcil mais diferente
sol padilha
22/12/2013 16:16
não só os gasparenses,dona Maria Medeiros,os que naõ são daqui,mas que residem aqui pagam impostos e até são eleitores dessa maravilhosa cidade,tambem acordam cedo e vão ao seu trabalho não podemos comparar as coisas,eu sou um exemplo,não sou daqui,sou do Paraná,moro aqui há 9 anos e já tenho minha própria empresa,vamos analisar as coisas
Roseli Da Silva Nicoletti
22/12/2013 11:16
meus parabéns o que você fez,poucos teriam coragem de fazer,ai mostra a intensão das pessoas de ajudar aos outros mas inferiores a ela.São coisas que jamais sairá da mente de quem leu,principalmente da sua que viveu esse momento.
Maria Medeiros
22/12/2013 00:11
Acho que você esqueceu de perguntar o principal, o porquê dessa gente estar aqui? falta de Trabalho? Acho que não. Talvez a falta de credibilidade, por parte de quem até gostaria de lhes dar uma oportunidade de fazer alguma coisa.
Não tem um ditado que diz: "Quem cedo madruga Deus Ajuda" É o que eu e a maioria dos gasparenses fazem todos os dias.
Acho muito feio essa gente sentada na praça tomando cachaça.
Eles querem dinheiro, nem tanto para comer ou comprar alguma coisa interessante, mas para comprar álcool.

Me desculpe, mas não posso ser conivente com esse tipo de coisa...
rodrigo antonio da silva
21/12/2013 10:28
parabéns muito boa matéria..eu acho que se todo mundo ajudasse um pouco que fosse talvez teríamos um brasil muito melhor..parabens
Doroti Lima de Sousa
20/12/2013 18:40
Muito boa reportagem, parabéns...Só quando vivemos na "pele" das pessoas, e enfrentamos as mesmas situações e problemas pelos quais passam, é que poderemos nos tornar cidadãos mais conscientes e solidários....com os menos afortunados, principalmente com moradores de rua...Abraços e sucessos sempre....Um feliz 2014


Jean Alexandre dos Santos.
20/12/2013 14:47
Bela atitude de viver um pouco uma realidade diferente em que a exclusão destas pessoas é o carro chefe desta triste realidade.
Ao ler esta matéria sinto vergonha de mim mesmo dada minha insignificancia e falta de fraternidade.
O relato do cidadão com as mãos cheias de presentes que nem se quer olhou para o mendigo só confirma o quanto materialistas somos e nos confirma que certos valores que nos foram ensinados hoje estão jogados nos porões totalmente fora de uso.
Vamos fazer uma reflexão, pensar na educação que nos foi dada pelos nossos pais e efetivamente colocar em pratica o que aprendemos ou seja estender a mão ao teu próximo.
Alexandra M Marques
20/12/2013 12:15
Parabéns pela iniciativa e pelo exercício prático de mostrar como podemos ser cidadãos melhores! E acredito que é somente assim mesmo Jean Laurindo, quando nos colocamos no lugar do outro, na prática. E que fique a reflexão a todos nós: "eu tenho me colocado no lugar do outro? E se fosse eu naquela situação?" Pensem nisso! Gostei muito do seu propósito! Parabéns!
Eliane Moreira
20/12/2013 12:15
Parabéns, pela idéia, talvez se todos nós passace por isso um dia ao menos como o deles, as pessoas teriam mas, respeito e amor por esses mendigos, não porque eles estão na rua, que somos melhores que eles. Pois Deus não quer saber oque temos aqui na terra de bens materias, e sim as coisas boas q fizemos pelos nossos irmãos, natal é uma época que todos estão felizes , se reunem em família, mas se pararmos pra pensar a esse contraste brutal mesmo, vamos olhar mas pro nosso próximo, dar um bom dia, isso não custa nada, e só faz bem concerteza.
Centro de Gaspar
20/12/2013 11:58
Acredito que muitas vezes, a falta de solidariedade é muita! Mas e as vezes em que os comerciantes precisam aturar atitudes de andarilho? claro que todos somos ser humano e todos nós erramos. Nunca neguei comida para andarilhos. Mas vou dar um exemplo ' Quando chega mendigo pedindo cachaça, e entra no estabelecimento fazendo um escândalo? Ou quando simplismente, pede seu banheiro emprestado e joga tudo pra cima? ou então quando você se oferece a dar comida, e eles querem escolher oque comer! ou jogam os papel da comida no chão, e outro estabelecimento vem reclamar! Que culpa você tem de ajudar, e eles agirem dessa forma? Acredito sim, que por eles serem andarilho também deveriam ter mas respeito a nós comerciantes, mas também sinto muita pena, por serem pessoas carentes que dessa forma precisam de ajuda para sair da rua. Mas nós comerciantes, fizemos nossa Parte! Pelo menos eu faço.
Ricardo Aurélio Coelho Schnaider
20/12/2013 11:41
Show de Bola!!!

É de atitudes como essa que nós precisamos para mostrar para as pessoas que o ser humano é igual, sendo ele pobre, rico, branco ou negro.

As pessoas precisam aprender a tratar todos iguais, e precisam aprender a respeitar e a dar valor para o próximo.

Precisamos sentir na pele, se colocar no lugar do próximo para pelo menos tentar sentir um pouco do que a pessoa sente sendo vítima de preconceito, maus tratos e muitas outras coisas que só o próprio ser humano é capaz de fazer para outros seres.

Precisamos cada vez mais fazer a nossa parte e nos tornamos a cada dia um ser humano melhor, mais digno, mais justo e mais honesto e com mais paixão para com os próximos que merecem.

Parabéns nota 10 para a atitude dos envolvidos nessa experiência.
Elvio França
20/12/2013 11:36
caro amigo Jean,

meu nome é Elvio França, moro na cidade de Itajai, fui empresario no ramo de Panificaçao durante 15 anos, atualmente trabalho no ramo imobiliario.
e li sua materia e confesso, as lagrimas descem como cachoeira em minha face, nao sei te explicar se é emoçao, ou se é raiva, de uma sociedade insana em que vivemos, onde pregamos o amor ao proximo mas negamos a essência do mesmo, onde falamos em paz e ao mesmo tempo discutimos no transito por que o outro sem perceber cortou sua frente, onde falamos mal de nossos governantes mas agimos tal como, vivemos no auge da ciencia, onde o homem pode chegar a Marte, mas nao pode acolher um mendigo, dar a ela uma refeiçao, o dinheiro é o deus deste século.
em pleno seculo XXI onde a midia, os governantes falam tanto em paz e espirito natalino, onde se é gasto milhoes de milhoes em publicidades para falar do pré-sal, e outras coisas... e nada é feito em pról desse povo que tem uma história de vida muito grande e emocianante por traz desta vida que vivem.
onde governantes roubam milhoes e milhoes e ficam impune, e quando condenados vivem a regalia de que muitas familias nunca nem sequer pensaram em viver, pois querem apenas um prato de comida.

é lamentavel, é lamentavel....

Então Deus lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim
Mateus 25:45

Parabens por essa atitude, me levo a refletir muito sobre meus conceitos.

Feliz Natal e que esse espirito de Deus que habita em voce, permaneça para sempre em vóz.

Abs

Elvio França
Carlos Roberto Pereira
20/12/2013 11:12
Parabéns Jean e equipe do Cruzeiro do Vale!

Os parabenizo por 3 motivos: primeiro pela brilhante ideia, segundo por nos fazer refletir sobre nossa conduta perante esse grave problema social que cresce sem atenção do poder público! Terceiro pela riqueza e criatividade do texto escrito, mesmo que não existissem as fotografias poderia imaginar as cenas, além de ser um texto que prendeu minha atenção do início ao fim!

Abraço
maria
20/12/2013 10:54
Muito bonito o qu vc fez para ver o coração das pessoas nem todos os seres umanos tem coração ja vi muito disso. Em um dia eu em blumenau passando na escadaria da igreja um mendigo me pediu um dinhero para comprar o de qu comer eu peguei 5 reais na época que ja ta fazendo ums 5 anos ja quando deci um degrau apenas olhei para tras me deu a supresa é que ele tinha sumido sobi o degrau da escadaria e ele sumiu como se tivesse se evaporado naquele dia vi que Jesus queria ver meu coração se era bom eu tinha pedido ao senhor para me ajudar ele me testou e eu fui atendida pelo senhor quando falo nisso me arepiu toda nunca esqueci esse dia vou sempre lenbrar foi muito lindo estar com Jesus....
JOAO CARLOS MACHADO
20/12/2013 10:14
Parabéns pela reportagem Jean. Finalmente algo diferente e relevante na imprensa em época de natal, porque todos os anos é sempre a mesma coisa, ênfase no consumo, no bonito, no mágico, pra quem tem dinheiro... Não gosto de natal porque sempre vejo este contraste brutal entre quem tem e quem não tem. Isso durante o ano todo já é difícil mas no natal é muito intensificado. Com certeza, quem parou pra ler também vai parar pra pensar.

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