Zulamar Schiestl, um dos acusados de assassinar uma gestante e roubar o bebê da barriga da vítima, em Canelinha, teve a prisão preventiva anulada. Preso desde agosto, um dia após o crime, ele foi solto na quarta-feira, dia 7 de outubro, após serem apresentadas provas de que ele foi enganado pela esposa.
A nova conclusão acontece após a análise de áudios e trocas de mensagens dos celulares apreendidos e periciados. As conversas também foram analisadas pela polícia. “Novas provas deixam claro que a mulher enganou o marido o tempo todo. Ela se aproveitava da circunstância de o marido trabalhar em outra cidade e assim conseguia manipular a situação. O marido acreditava piamente na falsa gravidez da mulher. Quanto ao dia do crime, a mulher também deu falsas informações ao marido”, informou o MP.
Rozalba Grimm, esposa de Zulamar, segue detida no Presídio Regional de Chapecó.
Grávida de 36 semanas, Flávia Godinho Mafra foi encontrada sem vida no dia 28 de agosto. Ela estava desaparecida desde a tarde do dia anterior, quando foi vista pela última vez entrando no carro de Rozalba para ir a um suposto chá de bebê surpresa em São João Batista.
Seu corpo foi encontrado abandonado em uma Cerâmica de Canelinha, sem o bebê. Ela estava com marcas de tijoladas na cabeça e também lesões nos braços, que indicaram que ela tentou se defender dos golpes. A perícia apontou que a causa da morte foi hemorragia, causada por um profundo corte na barriga no momento de realizar o parto forçado. O estilete foi encontrado no local do crime.
Logo após assassinar Flávia, Rozalba deu entrada em um hospital com o bebê nos braços, afirmando ter dado a luz. Em depoimento à polícia, ela confessou e afirmou ter planejado o crime.
Conforme informações repassadas por Rozalba à polícia, ela engravidou em 2019, mas perdeu o bebê em janeiro de 2020. Como não contou o fato aos familiares, manteve a empolgação da gravidez e passou a ter contato com gestantes com os mesmos prazos de parto da sua antiga gestação. Flávia foi a escolhida para o crime.
No dia seguinte ao assassinato, Rozalba e o marido Zulamar foram detidos. No dia 7 de outubro, o homem foi solto com a alegação de que não sabia das armações da esposa.
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