Gasparense é vítima de golpe e tem todo seu dinheiro furtado da conta - Jornal Cruzeiro do Vale

Atenção, gasparenses! Um golpe que já vinha sendo aplicado em outras cidades acaba de fazer uma vítima em Gaspar. O alvo foi uma senhora de 69 anos, que teve todo o dinheiro da sua conta roubado.

O crime aconteceu na manhã de quinta-feira, 14 de maio, com um suposto contato telefônico da Caixa Econômica Federal. De acordo com a vítima, uma mulher ligou para seu telefone fixo, se identificou como funcionária da agência bancária e questionou a respeito de uma compra efetuada com seu cartão.

Em seguida, a criminosa, com a desculpa de estar cumprindo o protocolo de atendimento, solicitou a confirmação de informações pessoais da vítima. “Ela sabia meu nome completo e até um antigo endereço residencial, em Blumenau. Daí pediu para que eu passasse outros dados, como a localização atual da minha casa. Depois, disse que precisaria cancelar o cartão e mudar a senha”, conta a vítima.

Acreditando ser uma ligação real, a senhora acabou passando todos os dados e, inclusive, atendeu às orientações da golpista. “Ela pediu que eu escrevesse uma carta e colocasse junto com meu cartão num envelope, que um rapaz iria buscar”, detalha. Foi pedido à vítima ainda que a mesma desligasse seu aparelho celular, pois o banco iria baixar um aplicativo que facilitaria o acesso às informações da sua conta.

Logo após terminar a ligação, um jovem uniformizado e com o crachá da Caixa Econômica Federal apareceu em sua porta. “Eu entreguei tudo com a maior inocência, jamais imaginei que sofreria um golpe. O homem se chamava Fábio, de acordo com a identificação na camisa. Estava de cara limpa. Foi educado e parecia ser sério, não me passou a impressão de mau caráter”, relembra.

Passaram-se algumas horas até que a filha da senhora chegou em casa. “Eu contei pra ela e, na hora, ela me disse para retornar a ligação ao banco e perguntar sobre o ocorrido. Só aí que entendi que poderia ser uma ação criminosa”. A vítima então recebeu a notícia de que sua conta havia sido quase zerada. “Sobrou apenas R$3. O resto todo foi roubado. Eu sou uma pessoa simples. O dinheiro vai fazer muita falta. Como é que vou pagar minhas coisas agora?”.

Diante da situação, a senhora registrou um Boletim de Ocorrência.

Golpe

Casos semelhantes foram registrados no Vale do Itajaí recentemente. Cláudia Duarte, gerente da Caixa Econômica Federal instalada em Gaspar, destaca que é preciso atenção redobrada. “Não fazemos esse tipo de contato, muito menos mandamos empregados na casa dos clientes para recolher cartões. Não temos disponibilidade e nem mão de obra para isso. Esse tipo de atividade não é prestada pelo banco. As pessoas devem ficar atentas e, em caso de dúvidas, ir pessoalmente até a agência”.

Edição 1951