Gaspar Alto e Ilhota registram ocorrência de chuva congelada - Jornal Cruzeiro do Vale

Gaspar Alto e Ilhota registram ocorrência de chuva congelada

21/07/2013
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Fotos: Marcia Gohringer/Especial

Por volta da meia-noite desta terça-feira, 23, a região do Gaspar Alto registrou a ocorrência da chamada chuva congelada, fenômeno que consiste na formação de pequenas pedras de gelo e representa um estágio inicial da neve, antes de formar os tradicionais flocos. Houve registros de chuva congelada também em cidades do Alto Vale.

Kako Waldrich/Facebook
Foto: Kako Waldrich/Facebook

Funcionários do terceiro turno da empresa Saimontex Cortinas conseguiram acompanhar e fotografar o fenômeno no Gaspar Alto. O professor Hélio dos Santos, coordenador do Centro de Operação do Sistema de Alerta da Bacia do Itajaí, Ceops, órgão ligado à Furb, explica que a neve precisa de temperaturas ainda menores e, na madrugada desta terça, ocorreu nos pontos mais altos de Blumenau, como o Morro do Cachorro (foto ao lado) e o Spitzkopf. No caso do Gaspar Alto, após ver as imagens, o especialista explicou que trata-se realmente de chuva congelada, fenômeno que também foi registrado em diversos bairros de Blumenau e inclusive no campus 1 da Furb, no bairro Victor Konder.

 

 

Ilhota

Em Ilhota há pelo menos três casos de chuva congelada confirmados pela Defesa Civil. A coordenadora do órgão, Tatiana Reichert, informa que houve registros nos bairros Alto Baú, Baú Seco e Alto Braço do Baú. Na região central do município, também houve relatos de fenômenos semelhantes à chuva congelada, mas a informação ainda não é confirmada pela Defesa Civil. Apesar da previsão de boas possibilidades para nevar na região mais alta do Baú, a coordenadora revela que não está confirmada a incidência do fenômeno na madrugada desta terça na localidade. "Tivemos alguns moradores divulgando esta informação, mas por enquanto só podemos confirmar que houve chuva congelada", destaca. Pelo Facebook, a Associação de Moradores do Alto Baú divulgou fotos com pontos isolados de neve, principalmente nos locais próximos à vegatação.

Defesa Civil de Ilhota Ass. de Moradores do Alto Baú/Facebook
Foto: Defesa Civil de Ilhota  Foto: Associação de Moradores do Alto Baú

 

Entenda a diferença entre neve e chuva congelada

 

Em nota, a Epagri/Ciram divulga que, até o final da manhã desta terça, 28 cidades catarinenses já registraram ocorrência de chuva congelada e 24 tiveram neve. O órgão também explica a diferença entre os dois fenômenos naturais, que viraram assunto principal da rotina dos catarinenses nesta semana.

 

Neve: precipitação de cristais de gelo translúcidos e brancos em geral de forma hexagonal e complexamente ramificados, formados diretamente pelo congelamento do vapor d'água que se encontra suspenso na atmosfera. É frequentemente produzida por nuvens do tipo stratus, mas também pode se originar das nuvens do tipo cumulus. A neve pode cair como partículas mais pesadas, as chamadas pelotas de neve ou como grãos de neve, com diâmetro inferior a um milímetro, e que formam flocos de neve que caem em pequena quantidade. 

Chuva congelada: a precipitação cai na forma de gelo, mas não é confundida com granizo porque ocorre sempre em áreas de transição entre a chuva e a neve. Costuma-se dizer que é o estágio inicial da neve antes de chegar na sua forma tradicional em flocos.

 

Edição 1509


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Chuvas diminuem e onda de frio ganha força em SC

A chuva que atinge o Vale do Itajaí desde a sexta-feira ganhou a companhia do frio intenso nesta segunda-feira, 22. Nevou em pelo menos 19 cidades catarinenses, inclusive no Oeste, onde o fenômeno não ocorria há 13 anos. Cidades como São Joaquim e Urupema voltaram a registrar ocorrência de neve, o que fez a alegria dos turistas que foram à região. Para esta terça-feira, os alertas climáticos no Estado permanecem em vigor, inclusive com possibilidade de geada negra nas cidades do Oeste, Meio Oeste, Planalto Sul e Planalto Norte.

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Em Gaspar, a temperatura despencou e forçou a população a combinar casacos com guarda-chuva, já que a instabilidade seguiu por quase toda a segunda. Para espantar o frio, os moradores usaram desde luvas e cachecóis até aquecedores. Por volta das 14h30, o relógio em frente à empresa Bunge Alimentos marcava a temperatura de 7° C. No Vale, a sensação térmica chegou a 0° C nas primeiras horas do dia. A previsão da Epagri/Ciram permanece com perspectiva de temperatura mínima próxima de 0º C e das casas negativas, sobretudo no período noturno, até quinta-feira. O pico da onda de frio deve ocorre no amanhecer de quarta.

A Defesa Civil de Gaspar e a Secretaria de Desenvolvimento Social fazem desde sexta-feira um trabalho conjunto para dar abrigo a moradores de rua e pessoas que possam estar expostas ao frio. A coordenadora de Defesa Civil de Gaspar, Mari Inez Testoni Theiss, revela que a situação exige atenção e pede para que se alguém identificar pessoas pelas ruas, entrem em contato com os órgãos responsáveis pelo trabalho. ?Neste domingo já conseguimos levar três garotos das ruas para um abrigo do município, com o apoio da Polícia Militar?, revela.

 

Edição 1508

 

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Instabilidade deve seguir até esta segunda ou terça-feira

Após os pontos de alagamento registrados na madrugada de domingo, a Defesa Civil não registrou ocorrências em Gaspar em função das chuvas, que atingem o município desde segunda-feira. Os profissionais do órgão vistoriaram locais como Belchior, Gasparinho e Barracão, por causa do risco de deslizamentos, mas houve apenas pequenos deslizamentos próximos às vias, sem gravidade.

A coordenadora de Defesa Civil de Gaspar, Mari Inês Testoni Theiss, conta que o nível do rio Itajaí-Açu vem sendo monitorado mesmo com o posicionamento do Centro de Operação do Sistema de Alerta da Bacia do Itajaí, Ceops, que descartou o risco de enchente em função do tempo estável no Alto Vale. ?Acompanhamos a evolução do rio porque muitas pessoas nos ligaram preocupadas e também porque, em 2008, por exemplo, não houve chuva em excesso nas cabeceiras mas a região registrou fortes alagamentos?, relembra a coordenadora.

Às 7h desta segunda-feira o nível do rio Itajaí-Açu em Gaspar continuava baixando e era de 3,26 metros, considerado normal. O pico ocorreu às 17h deste domingo, quando as águas chegaram a 3,82 metros. Em Blumenau, a medição das 8h desta segunda-feira mostrava o rio Itajaí-Açu em 4,29 metros.

 

Onda de frio

Mari Inez revela que agora o alerta permanece para o risco de deslizamentos e também para o frio, que deve ficar ainda mais intenso quando a chuva parar, entre esta segunda e terça-feira. ?Neste domingo já retiramos três garotos das ruas e levamos para um abrigo, em parcerias que estamos fazendo com a Polícia Militar e com casas de recuperação do município. O alerta é importante para se alguém vir um morador de rua ou pessoa que esteja exposta ao frio, entre em contato com a Defesa Civil ou com a Secretaria de Desenvolvimento Social?, orienta a coordenadora.

Cidades como São Joaquim, na Serra Catarinense, registraram a ocorrência de neve no início desta segunda-feira. A previsão de frio histórico em SC segue no início desta semana e alertas sobre o risco de gelo na pista e precauções para a agricultura são feitos pelos órgãos responsáveis, sobretudo em cidades da Serra e do Oeste Catarinense, onde já houve incidência de neve.

 

Ilhota

Em Ilhota, a Defesa Civil esteve de plantão durante todo o final de semana e realizou vistorias no Complexo do Baú e nos bairros da margem direita do rio Itajaí-Açu. O órgão registrou apenas duas ocorrências de deslizamento, mas sem gravidade. ?Nossa preocupação era com o nível do rio, que estava algo, mas o próprio Ceops, de Blumenau, descartou o risco de cheias no Vale porque não choveu com a mesma intensidade nas cabeceiras do rio, então nossa preocupação fica sendo mais o risco de deslizamentos, já que a chuva continua e o solo já está encharcado?, avalia a coordenadora de Defesa Civil de Ilhota, Tatiana Reichert.

Segundo ela, entidades nacionais de prevenção emitiram um alerta moderado para a possibilidade de deslizamentos no fim de semana, o que não se concretizou, mas o alerta permanece até o início da tarde desta segunda. Os pontos de alagamentos registrados foram nos bairros Centro, Vila Nova, Minas e Baú, mas foram considerados pontuais pela coordenadora. Em função do nível do rio e da correnteza, a balsa de Ilhota não está operando desde a noite deste domingo, situação que deve permanecer até esta terça.

 

 

Edição 1508

 

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Defesa Civil registra primeiras ocorrências em Gaspar

 

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Chuva atingiu a cidade durante sábado e domingo  

 

A Defesa Civil de Gaspar registrou pontos de alagamentos na madrugada deste domingo, 21, em função das chuvas que atingem o Vale do Itajaí desde esta sexta. As ruas Amazonas, no bairro Bela Vista, e Manoel Bernardes, no bairro Figueira, foram atingidas pelas águas. Houve pontos de alagamento também no bairro Margem Esquerda. Alguns moradores, por precaução, ergueram os móveis em casa. Não houve registros de famílias desalojadas e ao final da manhã a água já havia baixado nestes locais.

A coordenadora de Defesa Civil de Gaspar, Mari Inez Testoni Theiss, confirma que o órgão está de plantão durante toda a madrugada e que não foram registradas ocorrências de deslizamentos no município. ?Como a previsão é de que a chuva continue nas próximas horas, estamos reforçando o alerta para áreas em que há risco deste tipo de situação?, destaca. Às 13h deste domingo o nível do Rio Itajaí-Açu em Gaspar era de 3,56 metros. Em média, segundo a coordenadora, o nível está aumentando seis centímetros por hora. O estado de atenção ocorre aos 4 metros e o de alerta aos 6 metros. No entanto, no Alto Vale não há registro de chuvas fortes e as barragens permanecem abertas.

 

Frio

A atenção também permanece em função do alerta de frio em toda Santa Catarina. A Defesa Civil do município realizou trabalho conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Social, com foco em moradores de rua, em função da promessa de baixas temperaturas. A projeção aponta inclusive a possibilidade de geada negra no Estado, que pode trazer fortes prejuízos na área da agricultura. No entanto, com o tempo instável, a temperatura ainda não é a preocupação principal. ?O frio deve aumentar mesmo quando a chuva parar?, reforça a coordenadora de Defesa Civil.

 

 

Edição 1508

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