Famílias continuam em área invadida - Jornal Cruzeiro do Vale

Famílias continuam em área invadida

17/07/2009

010MD.jpgO medo de que a polícia bata à porta para retirar sua família do pequeno casebre construído no terreno invadido no Jardim Primavera já pode ser deixado de lado por Jucileia Tomaz, 41 anos, e os demais moradores que invadiram o local, pelo menos por enquanto. Apesar de o prazo para que as famílias deixem o local ter chegado ao fim na última segunda-feira, 13, uma brecha na interpretação sobre a ordem judicial poderá conceder aos moradores mais alguns dias, ou até mesmo meses, residindo na área.
O terreno pertence ao Banco Econômico S/A e o advogado da empresa, Celso Garcia, explica que após os representantes das famílias terem entrado com um agravo de instrumento solicitando a permanência na área, um novo prazo foi dado. "A ordem prorrogou o prazo, mas não deixou claro a partir de quando. Enquanto não houver uma decisão definitiva para este agravo não poderemos dar nenhum outro passo", conta.
O comandante do batalhão de Polícia Militar de Gaspar, Alexandre Pimentel, reforça a informação e destaca que até o momento não foi feito nenhum comunicado oficial solicitando auxílio para retirada das famílias que ocupam o terreno.
Com a ausência das ações de despejo, Jucileia poderá permanecer por mais tempo na área com sua família. "Aqui é muito tranquilo. Todo mundo se entende muito bem e ninguém quer abandonar tudo que construiu por aqui", revela a moradora.
Para facilitar a rotina, as famílias utilizam energia elétrica cedida por uma empresa de outdoors, que possui um ponto próximo do local. Já a água é repassada pelos proprietários de uma residência próxima ao terreno.
Leilão
Na última quarta-feira, 15, chegou ao fim o prazo para que as pessoas interessadas em adquirir o terreno invadido pelas 43 famílias após a catástrofe de novembro dessem seus lances. O terreno, com mais de 18 mil metros quadrados, estava sendo leiloado com lance mínimo de R$ 748 mil.
 "Agora que o prazo para aceitação de propostas foi encerrado, os lances serão analisados pelos organziadores do leilão", esclarece o advogado, ressaltando que ainda não há um comprador definido da área.

Comentários

sandra
18/07/2009 23:23
peço que faça justiça pois tem pessoas de má fé se aproveitando da oportunidade da catastrofe das enxurradas de novembro, algumas pessoas já moravam no jardim primavera.Não concordo que venham se aproveitar invadindo imoveis.

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