Família de Ilhota pede doações de sangue e plaquetas para menino com leucemia

20/05/2025

Há cerca de uma semana, as vidas de Jaqueline Bida e Rodrigo Soares Silva viraram de cabeça para baixo. No dia 12 de maio, depois de diversos exames, o pequeno Miguel Bida Soares, de apenas dois anos e meio, foi diagnosticado com Leucemia Linfóide Aguda – tipo B, um câncer que afeta as células imaturas da medula óssea. Desde então, a rotina da família moradora de Ilhota mudou drasticamente: entre idas e vindas ao hospital, internações e o início do tratamento, eles têm enfrentado dias difíceis, cheios de incertezas, mas também de esperança na recuperação do filho.

Hoje internado no Hospital Santo Antônio, em Blumenau, Miguel está recebendo tratamento pelo SUS e a família está em campanha para que a comunidade faça doações de sangue e plaquetas em nome do pequeno. As doações devem ser feitas no Hemosc, através de agendamento disponível neste link https://www.hemosc.org.br/agende-sua-doacao.html.

A descoberta:

Miguel começou a ficar doente no dia 1º de maio. Ele ficou três dias com febre, sem apetite e com muito cansaço. No dia 5, segunda-feira, apresentou melhora e foi para a creche, onde os professores foram informados sobre o mal-estar do fim de semana. Logo após o almoço, porém, a febre voltou e ele foi levado para uma consulta de emergência.

Na terça-feira, ele foi submetido a exames cujos resultados seriam divulgados na quarta. Porém, antes mesmo dos resultados oficiais saírem, o laboratório entrou em contato com a pediatra, que chamou os pais para uma conversa. “Foi aí que ouvimos o que nenhum pai deseja ouvir: que havia algo errado no sangue do Miguel”.

A família estava no Pronto Socorro e o médico plantonista inicialmente suspeitou de inflamação na garganta. Ao ver o resultado dos exames, ele pediu novos testes, mas chegou a descartar a possibilidade de leucemia. “Ele solicitou retorno em 48 horas, mas não conseguimos esperar. Em menos de 24 horas, Miguel piorou. A médica do plantão repetiu os exames e, mais uma vez, descartou leucemia. Receitou vitaminas e recomendou retorno em quatro dias. Mesmo assim, algo não nos deixava tranquilos. Decidimos marcar uma consulta com uma especialista, que pediu novos exames e nos alertou que se o quadro fosse confirmado, ele seria internado. E foi”.

O diagnóstico completo saiu no dia 12 de maio. “Há um mês, ele estava bem, recém-operado da adenoide. Hoje, enfrentamos a maior batalha nas nossas vidas. No dia do resultado, nosso chão sumiu. Coração apertou e o mundo parou. É difícil acreditar que uma criança saudável ficou doente de uma hora para a outra, mesmo sabendo que é assim que essa doença age”.

Para doar sangue:

- Ter entre 16 e 69 anos;

- Pesar acima de 50kg;

- Estar saudável, sem sintomas de gripe há pelo menos sete dias;

- Evitar alimentos gordurosos 3h e bebidas alcoólicas 12h antes da doação;

- Não ter realizado tatuagem, piercing, micropigmentação ou maquiagem definitiva nos últimos seis meses;

- Apresentar documento com foto.

Para doar plaquetas:

- Ter entre 18 e 69 anos;

- Nunca ter angravidade (incluindo aborto);

- Ter bom acesso venoso;

- Evitar alientos gordurosos três dias antes da doação;