Fachini do Banco do Brasil: uma vida de pura dedicação - Jornal Cruzeiro do Vale

Fachini do Banco do Brasil: uma vida de pura dedicação

07/08/2015

dsc1389cpiaGG.jpgPor Indianara Schmitt

Segunda-feira, 3 de agosto de 2015. Depois de 38 anos, um mês e 24 dias fazendo o mesmo percurso diariamente, Nivaldo Fachini acordou, entrou em seu carro e dirigiu até o Santuário de Nossa Senhora de Angelina. O motivo? Agradecer o emprego de tantos anos, os amigos conquistados e a graça de poder ter trabalhado em um local que tanto se orgulha, o Banco do Brasil. 

Fachini atendeu seu último cliente na agência de Gaspar no dia 31 de julho. Ao chegar ao banco, logo pela manhã, foi surpreendido com balões. Despedidas e agradecimentos vindos dos amigos de trabalho e também dos amigos clientes marcaram o dia que antecedeu sua tão esperada aposentadoria.

De entregador a gerente de serviços

Quase quatro décadas se passaram desde que sua carteira de trabalho foi assinada pela instituição bancária e ele lembra com precisão de como foi admitido. Naquela época, o banco estava contratando um funcionário para execução de serviços internos e ele foi indicado ao cargo pelo irmão Aloísio Fachini, que hoje trabalha nos Correios. Nivaldo, então com 18 anos, logo foi até o banco e se submeteu a um teste.

Com a aprovação, em 6 de junho de 1977 Nivaldo Fachini começou a trabalhar no Banco do Brasil de Gaspar, como entregador de duplicatas. Em uma bicicleta, guardada com carinho até hoje, entregava diariamente documentos nos arredores da Viação Verde Vale.

Cerca de dois anos depois, o banco abriu um concurso interno e, em janeiro de 1980, Fachini foi transferido para a agência de Ibirama, onde trabalhou como auxiliar de escrita até o ano seguinte, quando voltou a Gaspar. Desde então, sua determinação ficou cada dia mais evidente e, com o passar dos anos, passou exercer o cargo de gerente de serviços.

Na memória

Um dos momentos mais marcantes da trajetória do bancário é o incêndio que atingiu a agência, em abril de 1989. Ele se lembra de ter recebido uma ligação naquela madrugada e de ter se deparado com todos os funcionários no local. A emoção toma conta ao falar da garra e determinação de todos. Mesmo com o incidente, foi possível transferir os materiais do banco para uma sala cedida pelo senhor Osvaldo Schneider, onde realizaram normalmente todos os atendimentos daquele dia.

As mudanças no quadro de funcionários e a evolução dos equipamentos também fazem parte de sua história no banco. Fachini conta que o Banco do Brasil já chegou a ter 52 funcionários e 14 caixas atendendo. Hoje, são 18 pessoas realizando atendimentos e quatro caixas, que, segundo ele, conseguem cumprir o tempo de espera determinado em lei.

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Quem é Fachini?

Nivaldo Fachini, o ?Fachini do Banco do Brasil?, nasceu em 8 de janeiro de 1959. Estudou no Seminário dos Sagrados Corações, em São José dos Pinhais, no Paraná, dos 12 aos 16 anos. Com 17 anos, começou a trabalhar no almoxarifado da Linhas Círculo, e, após passar por uma seleção interna, foi levado a trabalhar como cronometrista. Saiu desse emprego um ano depois, quando foi contratado pelo Banco do Brasil. Cursou a faculdade de Direito e parou os estudos em 2003, por problemas de saúde.

Para os próximos meses, seus planos são: descansar, cuidar das plantas, dos pássaros, da casa e se dedicar mais à esposa Cida, com quem é casado há 33 anos e teve três filhos: Ana Paula, Pedro Fachini Neto e Nivaldo Fachini Junior. ?Minha vida toda foi praticamente no banco. Saio com o dever cumprido e com certeza sentirei saudade. Mas a vida continua e eu vou ter que me acostumar sem a agitação do banco e o sofrimento do quinto dia útil?.

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Edição 1710
 

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