Começa nesta terça-feira, dia 13 de setembro, e segue por cerca de três dias, o julgamento da facção criminosa acusada de matar um homem a tiros em Gaspar. O crime aconteceu em julho de 2020 e teve como alvo Felipe de Lima Santos, que já havia sobrevivido a outras duas tentativas de homicídio.
Essa deve ser a mais longa sessão do Tribunal do Júri já realizada em Gaspar. No total, oito acusados serão julgados. Segundo denúncia do Ministério público de Santa Catarina, são três mulheres e cinco homens responsáveis pelas tentativas de homicídio qualificado (uma com uso de arma de fogo e outra com golpe de facão) e pelo homicídio.
Os oito são membros de uma facção criminosa que atua no Estado. A motivação do crime teria sido um ‘decreto’ que, quando imposto, funciona como uma sentença de morte. Os réus acreditavam que a vítima teria delatado um de seus membros à polícia.
Durante os três dias de julgamento, serão ouvidas 23 testemunhas. Em todo o período, os jurados vão ficar incomunicáveis para garantir o sigilo do voto.
A sessão será presidida pela juíza Griselda Rezende de Matos Muniz Capellaro, titular da Vara Criminal de Gaspar.
Felipe de Lima Santos, de 26 anos, foi morto com sete tiros na madrugada de 26 de julho de 2020. O crime aconteceu no bairro Gaspar Mirim, em sua casa. Ele foi encontrado pela mãe, na garagem de casa, já sem vida.
Antes do assassinato, Felipe havia sobrevivido a outras duas tentativas de homicídio. A primeira foi registrada em 16 de dezembro de 2019, quando ele foi vítima de uma emboscada no Alto Gasparinho. Três homens armados dispararam e ele conseguiu fugir pela mata.
A segunda tentativa foi registrada em junho de 2020. Felipe foi golpeado com um facão e perseguido por homens armados quando estava na casa da avó. Os golpes atingiram sua nuca.
Em agosto de 2020, uma grande operação das policiais Civil e Militar de Gaspar e Brusque resultou na prisão de 10 pessoas envolvidas no caso.
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