Eutanásia: saiba como decidir o futuro do seu animal de estimação - Jornal Cruzeiro do Vale

Eutanásia: saiba como decidir o futuro do seu animal de estimação

11/12/2020
Eutanásia: saiba como decidir o futuro do seu animal de estimação

Já imaginou ter que passar pela difícil decisão de escolher se seu animal de estimação continua ou não vivo? Essa semana, Jander Queiroz passou por essa situação. Slepou, o cão de 19 anos da raça Dachshund, foi sacrificado devido a uma série de doenças que faziam com que ele não tivesse uma boa qualidade de vida.

Conforme conta Jander, o cãozinho estava na família há 17 anos e já havia sido submetido a diversos tratamentos de saúde. Ele teve dois tumores, estava 90% cego e surdo, possuía calombos crescendo pelo corpo, tinha convulsões sempre que tomava banho, não aguentava se locomover e possuía vários sintomas de fraqueza. O agravamento da situação fez com que, em conversa com um veterinário de confiança, o tutor optasse pela eutanásia.

O procedimento que fez com que Slepou parasse de sofrer durou menos de meia hora. Primeiro, o cão foi anestesiado. Passados cerca de 10 minutos, quando ele já estava sedado e dormindo, a eutanásia foi realizada. “Acompanhei do início ao fim e fiz um enterro. Me senti perdendo alguém da família, mas tomei essa decisão para que ele não sofresse mais. É muito sofrido, mas retardar o falecimento do animal que passa por uma situação assim é o mesmo que deixar ele sofrendo”, diz Jander.

Médica Veterinária da Clínica Unicão, Jaqueline Baehr explica que o momento certo para optar pela eutanásia é aquele em que o animal possui uma doença incurável ou quando ele está sofrendo. “Sempre avaliamos a situação junto com o tutor e o procedimento só é realizado em comum acordo entre o dono do animal e o médico veterinário. Após essa decisão, o tutor assina um termo de autorização e pode acompanhar todo o procedimento, que é feito de forma indolor”.

A eutanásia

Eutanásia é o ato intencional de tirar a vida de um animal de forma indolor. Ela é realizada quando o animal é acometido por uma doença incurável ou quando está sofrendo. O procedimento é tecnicamente aceitável e cientificamente comprovado. Ele só pode ser realizado por um médico veterinário e o Conselho Federal de Medicina Veterinária possui um guia de boas práticas para esses casos. 

Como ela é feita

Primeiro, o animal recebe uma anestesia geral. Quando ela faz efeito e o animal encontra-se dormindo, ele recebe uma injeção letal, que é aplicada pelo médico veterinário. Após alguns minutos, é feita a identificação de parâmetros para que seja anunciado o óbito do animal. “Em todos os casos de eutanásia, antes do procedimento, é combinado com o proprietário a destinação do corpo do animal. O tutor pode avaliar três opções: a cremação com crematórios próprios para animais; o descarte como material biológico, feito com empresas credenciadas que descartam o animal como material hospitalar; ou o enterro realizado pelo próprio tutor, em local escolhido por ele”. 

Orientação

De acordo com o presidente da Associação Gasparense de Amparo e Proteção dos Animais, Rafael Araujo de Freitas, a principal orientação aos tutores é que procurem um médico veterinário de sua confiança para trocar informações a respeito do caso. “Cada situação é diferente e cada animal possui um diagnóstico distinto. Por isso, em momentos delicados como esse, é valido também a busca por uma segunda opinião de outro médico veterinário. Isso para que o tutor possa tomar sua decisão de maneira tranquila e certeira”.

 

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Edição 1981

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