Cerca de 60% dos trabalhadores dos Correios de Santa Catarina aderiram à greve nacional que começou na noite de segunda-feira, dia 17 de agosto. Em Gaspar, a agência segue aberta. A confirmação é da gerente da unidade, Veneranda Oliveira, que não repassou maiores detalhes ao afirmar, na manhã desta terça, dia 18, que “a agência de Gaspar está atendendo normalmente”.
A paralisação dos trabalhadores dos Correios de todo o país iniciou por volta das 22h de segunda, dia 17. Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares, os grevistas são contra a privatização da estatal e reclamam dos cuidados com os funcionários em meio à pandemia.
O balanço oficial ainda não foi divulgado e não há informação sobre quantos trabalhadores aderiram à greve. O que se sabe, até então, é que o número deve ser de cerca de 60% do total.
Em algumas cidades, os funcionários ficaram em frente aos Centros de Distribuição e em frente às unidades.
Confira o comunicado oficial emitido pelos Correios:
“Os Correios não pretendem suprimir direitos dos empregados. A empresa propõe ajustes dos benefícios concedidos ao que está previsto na CLT e em outras legislações, resguardando os vencimentos dos empregados.
Sobre as deliberações das representações sindicais, os Correios ressaltam que a possuem um Plano de Continuidade de Negócios, para seguir atendendo à população em qualquer situação adversa.
No momento em que pessoas e empresas mais contam com seus serviços, a estatal tem conseguido responder à demanda, conciliando a segurança dos seus empregados com a manutenção das suas atividades comerciais, movimentando a economia nacional.
Desde o início das negociações com as entidades sindicais, os Correios tiveram um objetivo primordial: cuidar da sustentabilidade financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia.
A diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período - dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida.
Respaldados por orientação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), bem como por diretrizes do Ministério da Economia, os Correios se veem obrigados a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa. Em parte, isso significa repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente. Assim, a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos.”
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