Valorizar o meio ambiente, sensibilizar a população a respeito da natureza e gerar reflexões positivas. Esses são alguns dos pontos destacados pelo Dia da Árvore no Brasil, comemorado nesta segunda-feira, 21 de setembro. A data foi escolhida por anteceder o começo da primavera e dá margem para que uma nova fase, mais responsável, seja também iniciada.
De acordo com o biólogo Pedro Beduschi, essa é uma boa oportunidade para que nós repensemos nossas ações como espécie humana e habitantes do planeta terra. “A impressão que tenho é que grande parte das pessoas não se sente ou não se percebe parte da natureza. Estamos desconectados de nossa essência. Talvez, por isso, não existe maior contribuição e cuidado”, comenta o também mestre em Aquicultura e Consultor Ambiental.
Ainda segundo Beduschi, uma das problemáticas ambientais atualmente é a grande quantidade de geração de resíduos nas cidades e o que é feito com esse lixo. “Para se ter uma ideia, 30% do lixo produzido no país poderia ser reciclado. Porém, isso acontece com apenas 3% do total. Se cada um em sua residência fizer a sua parte, já é uma ótima contribuição”, garante.
Gaspar está inserida no bioma Mata Atlântica. A cidade faz parte do Parque Nacional da Serra do Itajaí, junto com outros oito municípios, somando uma área de mais de 57 mil hectares. Destes, 2,12% está na cidade Coração do Vale. Este espaço é considerado ‘Área de Extrema Importância Biológica’ pelo Ministério do Meio Ambiente e abriga milhares de espécies da fauna e da flora. Mais de meio milhão de pessoas se beneficiam dos serviços ambientais, que são os processos gerados pela própria natureza, oriundos desta grande área conservada.
A atividade humana já acabou com mais da metade das florestas do mundo todo. O biólogo Pedro Beduschi chama a atenção para uma importante realidade. “Atualmente, sofremos com as queimadas e destruição no Pantanal e Amazônia. Da Mata Atlântica, bioma que cobre o estado catarinense, restam apenas cerca de 10 % da cobertura original. São fatos e números extremamente preocupantes, que se não forem revertidos, as próximas gerações pagarão um preço muito caro por nossas ações”, conclui.
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