Os problemas na estrutura da ponte Hercílio Deeke foram mais uma vez confirmados por profissionais da área de engenharia, que nesta quarta-feira, 24, realizaram uma vistoria na ponte a pedido do Ministério Público Estadual.
Uma comitiva formada por quatro engenheiros representantes do Conselho Regional de Engenharia de Santa Catarina, CREA, esteve no local para avaliar a real situação da ponte, que é o único acesso entre as margens esquerda e direita do rio Itajaí-Açú em Gaspar.
Entre os profissionais estava Rogério Olinger, inspetor regional do CREA de Gaspar. Rogério revela que, após uma análise minuciosa, a comitiva concluiu que os problemas na infraestrutura da ponte são notórios. "Vamos enviar um parecer ao CREA de Florianópolis, que encaminhará a situação ao Ministério Público. Além de apontar os problemas que podem ser vistos a olho nu, vamos indicar que o município contrate um profissional especializado em pontes para poder fazer um laudo oficial sobre a situação", explica.
Segundo Rogério, o Ministério Público, através da promotoria de justiça da Comarca de Gaspar, pediu que o CREA oferecesse um parecer sobre a situação da ponte Hercílio Deeke após as várias denúncias feitas pela imprensa local e também pela comunidade gasparense.
Além de Rogério, integraram a comitiva que visitou a ponte nesta quarta-feira o diretor regional da inspetoria do escritório regional do CREA de Brusque, Armando Alberto Walendoski; o conselheiro estadual do CREA, João de Oliveira; e o presidente do Clube de Engenharia de Brusque, Cristian Fucks.
A ponte
Os problemas de infraestrutura da ponte Hercílio Deeke foram notificados em 2002, na primeira gestão de Celso Zuchi que, na época, proibiu a passagem de veículos com mais de 10 toneladas pelo local. A falta de fiscalização fez com que a proibição fosse ignorada e veículos pesados continuaram passando pela ponte no decorrer dos anos.
Em 2006, um laudo assinado pelo engenheiro Perci Odebrecht, apontou diversos problemas na infraestrutura que levaram o ex-prefeito Adilson Schmitt a limitar a passagem de veículos a seis toneladas. A proibição durou pouco tempo e logo caminhões pesados voltaram a trafegar pela ponte, que foi se depredando a cada ano.
Em janeiro deste ano a cabeceira na Margem Esquerda começou a ceder.
O fato foi noticiado pelo Jornal Cruzeiro e desde então diversas análises sobre a situação da ponte foram feitas, mas nenhum laudo oficial apontou as necessidades reais de reformas no acesso.
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