A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da rua Frei Solano deu mais um passo. No dia 27 de fevereiro, o engenheiro civil do Samae de Gaspar, Halan Jonas Mores; e o proprietário da empresa CR Artefatos de Cimento, Walney Agilio Raimondi; prestaram esclarecimentos aos vereadores.
Halan Jonas Mores foi o responsável pela fiscalização de dois trechos da via. Ele foi questionado pelo relator da CPI, vereador Cícero Amaro, sobre o fato de a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ter sido feita em junho de2019, dois meses depois do assentamento da tubulação da obra. Em resposta, o engenheiro afirmou que o registro teria ocorrido no decorrer da obra. Ao receber cópia do documento, Mores confirmou que a taxa foi paga no mês citado pelo vereador.
A ART é o instrumento em que o profissional registra as atividades técnicas solicitadas através de contratos. Segundo o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (CREA-SC), seu registro é efetivado após o cadastro no sistema eletrônico e pagamento do valor correspondente.
Proprietário da CR Artefatos de Cimento, Walney Agilio Raimondi foi questionado sobre o fato de ter ou não existido um aditivo de material ou item específico para a obra, pois havia um pedido de acréscimo de 25% para a rua Piracicaba, assinado pelos engenheiros Ricardo Paulo Bernardino Duarte e Vinícius Garcia. Raimondi respondeu: “não sei te precisar”.
O valor investido pelo município para a drenagem do primeiro trecho foi de cerca de R$ 1,5 milhão. A obra foi executada pela empresa de Raimondi.
O vereador Francisco Hostins Junior (MDB) falou sobre o uso do sistema de contra-berço em vez de berço. Ele perguntou se ambos garantiam qualidade e segurança para assentar os tubos. “Tecnicamente, a meu ver, é positivo o contra-berço”, declarou Mores.
Mores também confirmou que as alterações na obra foram discutidas com o secretário de Obras e Serviços Urbanos, Jean Alexandre dos Santos, o engenheiro civil da Prefeitura de Gaspar, Ricardo Paulo Bernardino Duarte, o projetista e o empreiteiro.
Já o presidente da CPI, vereador Dionísio Bertoldi (PT), perguntou se o engenheiro havia feito mudanças no projeto. A resposta foi negativa.
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