Em vez de satisfação pelas vendas, revolta é a palavra que resume o sentimento de comerciantes da rua São José neste final de ano. Eles reclamam que as obras de asfaltamento causaram diminuição no movimento de clientes. ?Ninguém aqui é contra o asfalto, mas passar dois dias antes do Natal não dá!?, reclama Francielly Munzlinger, funcionária de uma banca de revistas, onde a queda foi de 50%.
?Ninguém consegue trabalhar com esse barulho [das máquinas]. Temos que fechar a porta por causa disso, do pó e do cheiro forte. Isso espanta os clientes?, explica Gislene Lima, vendedora em uma loja de presentes. ?Deveria ter adiado para depois do Natal?, sugere. Durante a entrevista, uma cliente contou que não aguentou o cheiro e saiu da rua com os filhos para voltar depois e terminar as compras. Segundo a vendedora, o movimento da loja caiu 80%.
Procurada para fazer produções para as festas de final de ano, a proprietária de um salão de beleza chega a perder até cinco clientes por dia. ?Muitas que tinham horário marcado não vieram porque não conseguiram chegar. Não tem como chegar na rua, nem estacionar. Também não damos conta de limpar a sujeira?, conta Tânia Casanova.
Em mensagem enviada à redação do jornal Cruzeiro, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Gaspar afirma estar ?indignada com a prefeitura Municipal de Gaspar pelo descaso com os comerciantes do Centro e Rua São José? porque, de acordo com entidade, as obras foram deixadas para última semana de Natal.
A primeira etapa do serviço terminou na tarde desta quinta-feira, 22, e o trânsito foi liberado. O asfaltamento da rua São José reinicia em 5 de janeiro, quando a empresa volta de férias coletivas. A previsão é que a finalização e acabamento do asfalto sejam feitos somente em 2012. O objetivo da obra é acabar com a poeira e os buracos antes da construção das calçadas.
Os trabalhos começaram em agosto e, além da pavimentação asfáltica, foram instaladas tubulações de drenagem pluvial, esgoto e a nova adutora que atende os bairros Centro e Santa Terezinha. ?Nossa previsão era terminar em novembro, mas houve atraso de um mês por causa da enchente de setembro?, explica o assessor da Secretaria Municipal de Transportes e Obras, Gilberto Goedert.
Edição 1354
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).