Caramujos africanos voltam a preocupar em Ilhota - Jornal Cruzeiro do Vale

Caramujos africanos voltam a preocupar em Ilhota

13/02/2013

fotocapacaramujoMD.jpgMoradores da rua Pedro Ramos, no Centro de Ilhota, vem sofrendo com a grande quantidade de caramujos africanos que invadiram um terreno baldio da via. A situação já preocupa os moradores e em dias quentes se agrava ainda mais. O terreno é particular e conta com muito mato e entulhos, o que facilita a proliferação da espécie. 

Mônica Braga, 34 anos, mora ao lado do terreno baldio. A moradora se mudou para Ilhota há apenas alguns meses, mas já encontrou algumas dificuldades. ?É muito comum eu e meu marido encontrarmos caramujos em nosso terreno. Eles são muito grandes e sabemos o quanto é perigoso, por isso tenho medo?, confessa.

A dona de casa afirma que a comunidade tentou conversar com a Prefeitura para que alguma providência fosse tomada, mas até agora nada foi feito. ?Até já pensei em sair daqui, pois eles nos incomodam muito?. Para Mônica, os dias quentes ou chuvosos são os piores, já que os caramujos se alojam em seu jardim.

Márcia Aparecida Merlo, 45 anos, revela que os caramujos começaram a incomodar novamente os moradores há pouco tempo. Ela cogita que um dos motivos pode ter sido a vinda de um circo ao município, que se instalou próximo à rua. ?Até agora nenhum caramujo entrou na minha casa, mas saber que eles estão por perto não é algo agradável?, admite a moradora. Assim como Márcia, a aposentada Ana Francisco dos Santos, 86 anos, também sofre com a presença dos animais. ?A Prefeitura já agiu algumas vezes para tentar se livrar desses bichos, mas eles acabam voltando pouco tempo depois. Tenho medo porque eles podem transmitir doença graves?, destaca.

 

Fique atento

O caramujo africano é um molusco originário do nordeste da África. Foi trazido ao Brasil com o nome de escargot, porém, não é comestível. Como no País não existe um predador natural para o caramujo, ele se reproduz livremente. O bicho é transmissor de dois vermes: o Angiostrongylos cantonensis, que causa sintomas de meningite, como dores de cabeça fortes, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso, e o Angiostrongytus costaricensis, que pode levar a pessoa à morte, pela perfuração do intestino. A transmissão se dá por meio do contato com o musgo do caramujo. Quando encontrados, os caramujos africanos devem ser pegos com luvas ou sacolas plásticas, colocados dentro de uma caixa vazia e amassados. Outra recomendação é acionar a vigilância sanitária do município.

 

Edição 1461

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