Uma situação triste envolvendo a morte de um cachorro por tiro de arma de fogo chocou uma família moradora do bairro Alto Gasparinho, em Gaspar. O caso foi descoberto na segunda-feira, dia 22 de agosto, quando um Raio-X apontou para um projetil alojado na garganta do animal. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu durante o procedimento de retirada da bala.
A tutora do cão prefere não se identificar. Ela conta que no fim da tarde de domingo, dia 21 de agosto, ouviu diversos latidos. “Como passa bastante gente a pé na rua, não demos bola. Alguns minutos depois, ele deu um latido forte e correu para a casinha”.
Nesse momento, a jovem foi até o cachorro e percebeu que ele estava inchado. “Pensamos que fosse envenenamento ou mordida de um animal. Liguei para um conhecido que é veterinário e, com as informações que passei, ele orientou a dar para o cão o remédio ‘específico’, que combate envenenamento. Minha tia tinha em casa e demos para ele domingo à noite. Pensamos que ele fosse melhorar”, lembra.
Na segunda-feira pela manhã, a tutora conseguiu fazer com que o cão comesse ração e bebesse água. Em seguida, a família levou o animal até a Clínica Veterinária Unicão. Foi aí que, durante um Raio-X, um projetil de arma foi encontrado na garganta do cachorro. “Autorizamos a retirada da bala e, na hora de entubar, o cachorro infelizmente não resistiu e morreu”.
De acordo com o médico veterinário Laerte Quadros, da Unicão, o cão de entrada na clínica com enfisema subcutâneo (que acontece quando entra ar nos tecidos sob a pele). “No Raio-X não foi possível identificar qual parte da traqueia estava rompida, então precisamos fazer uma endoscopia. Veio um profissional de Joinville e um anestesista de Blumenau, mas o cão não resistiu. Ele já tinha muito comprometimento na respiração e sabíamos que a anestesia seria muito risco. Mas tínhamos que arriscar porque do jeito que estava não dava para ficar”, detalha.
Após a morte do cão, os veterinários realizaram uma necropsia para retirar o projetil. A munição entrou pela lateral esquerda do animal e se alojou do lado direito do pescoço.
Em nenhum momento a família imaginou que o cão pudesse ter sido atingido por um tiro. “No domingo, o portão ficou fechado o dia inteiro e ele ficou sempre dentro do cercado. Não ouvimos barulho de tiro e em nenhum momento imaginamos que pudesse ser isso”.
O cão estava com a família do Alto Gasparinho desde o início de 2019. “Ele foi largado perto de casa, com carrapatos nas orelhas, problemas de pele e desnutrido. Fizemos os tratamentos e cuidamos dele.
Um Boletim de Ocorrência foi registrado. A família não tem informações sobre quem atirou.
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